Igreja/Economia: Combate à crise só com «valores fundamentais»

Primeiro-ministro e cardeal-patriarca inauguraram V Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores

Lisboa, 01 jun 2012 (Ecclesia) – O primeiro-ministro de Portugal considerou hoje em Lisboa que a “conciliação da vida económica com os valores fundamentais” adquiriu “uma renovada urgência com a crise financeira”.

Pedro Passos Coelho, que intervinha na abertura do V Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), pediu também aos empresários e gestores que se assumam como “agentes decisivos da recuperação, transformação e modernização do país”.

Na sessão de abertura da iniciativa, que tem por tema «Amor ao próximo como critério de gestão», o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo referiu que se a sociedade colocasse em prática esta temática “deixaria de haver lugar para a violência e para menosprezo”.

Para D. José Policarpo, o amor “não é só sentimento”, é também “luta pela verdade”, sendo por isso um desafio para os participantes no congresso da ACEGE assumirem-se como “protagonistas desta revolução cultural”.

Se a lógica do amor fosse colocada em prática, “a sociedade era diferente e tinha um rosto novo”, frisou o patriarca de Lisboa.

D. José Policarpo defendeu a necessidade de equidade, frisando que “não há soluções económicas nem políticas resolutivas das crises que se justifiquem sacrificando os mais desfavorecidos da sociedade”.

Num tempo “adverso” e “particularmente difícil”, o presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores referiu que “a Igreja Católica é a maior história de amor em Portugal”.

Ao falar sobre a ACEGE, António Pinto Leite sublinhou que nesta associação “não se fazem negócios e não se trocam cartões”.

“Somos livres na nossa espiritualidade”, acrescentou.

Com a elite “mais bem preparada de toda a sua história”, quando Portugal se “concentra e organiza vence sempre”, frisou o presidente da ACEGE.

O V congresso da ACEGE tem “lugar num tempo raro”, mas António Pinto Leite pediu aos participantes “para não terem medo do ceticismo e do deserto” porque os empresários e gestores cristãos estão “unido por valores”.

A iniciativa tem este sábado um dia de diferentes painéis onde o “amor como critério de gestão” estará em debate pelos setores intervenientes da empresa.

LFS/PR/OC

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