Portugal: Cáritas pede respeito pelas crianças

Organização católica promove projeto orientado para os mais novos, atingidos pela crise

Lisboa, 01 jun 2012 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa apelou hoje ao cumprimento de tudo o que “está escrito na Declaração Universal dos Direitos da Criança”, alertando para as consequências da atual crise económica sobre os mais novos.

“No atual contexto de crise que se vive em toda a Europa é fácil de perceber a forma como as crianças estão suscetíveis a ser também elas vítimas das dificuldades financeiras que atravessam todas as famílias”, assinala a organização católica para a solidariedade, em comunicado publicado na sua página oficial na internet, a respeito do Dia Mundial da Criança.

A responsável pelo projeto ‘Prioridade às Crianças’ da Cáritas Portuguesa afirma à Agência ECCLESIA que o atual momento de viragem será “enriquecedor de forma a dar à criança mais tempo em vez de mais coisas”.

Célia Salgado sublinha também que apesar “das contenções” e das “dificuldades existentes”, as crianças recebem “uma solidariedade sem igual”.

Nesta lógica, a responsável visualiza o mundo infantil “com esperança”, visto que a sociedade tem “muitas respostas para tornar as crianças felizes”.

Os momentos atuais são propícios para uma reflexão sobre o que a “sociedade dá à criança” para que esta “seja feliz” e a ajudem a formar com “outra visão”.

Apesar das agruras da vida, “o amor mesmo em sofrimento ama porque não tem preço”, reforça Célia Salgado, que acrescenta: “Em vez de se dar um brinquedo para a criança ficar feliz oferece-se tempo”.

Ao falar sobre a realidade trabalho infantil em Portugal, a responsável adianta que este “não tem muita expressão” no país.

As novas tecnologias e a televisão são “os verdadeiros entretenimentos” das crianças e é “notória, cada vez mais, a tendência para uma amizade virtual”, lamenta.

Em relação ao projeto ‘Prioridade às Crianças’, Célia Salgado frisa que já se fez um trabalho – ao nível das dioceses e das paróquias – para que a Cáritas Portuguesa esteja em alerta para “situações de negligência e de pobreza económica”.

Perante estes casos, a organização católica “vai dando respostas” tanto no encaminhamento como “no auxílio” monetário, disse.

LFS/OC

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