Vaticano: Santa Sé apresentou 7º Encontro Mundial de Famílias

Iniciativa foi marcada pelo lançamento de duas publicações sobre os principais desafios que se colocam hoje aos casais cristãos

Cidade do Vaticano, 22 mai 2012 (Ecclesia) – O Vaticano promoveu hoje uma conferência de imprensa para apresentar o 7º Encontro Mundial de Famílias, que vai começar dia 30 de maio em Milão, e que terá como tema “A Família: Trabalho e Festa”.

Em declarações aos jornalistas, na sala de imprensa da Santa Sé, o presidente do Conselho Pontifício para a Família (CPF), D. Ennio Antonelli, destacou as iniciativas que, ao longo dos últimos três anos, marcaram a preparação do evento.

Depois da convocatória feita por Bento XVI, no final do último encontro mundial de famílias, que teve lugar em 2009, no México, “o CPF encontrou-se várias vezes com o arcebispo de Milão e os seus colaboradores mais próximos para combinar esforços no sentido de organizar a iniciativa”, referiu.

Segundo D. Ennio Antonelli, as atividades incluíram “a tradução das catequeses preparatórias para italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português, polaco, húngaro, romeno, árabe e russo”.

Contemplaram ainda a realização de um seminário académico internacional sobre “A Família Cristã enquanto sujeito de Evangelização”; uma assembleia plenária do CPF dedicada aos “Direitos das Crianças”; um seminário académico em conjunto com diversas associações pro-vida e a celebração do 30º aniversário da exortação apostólica “Familiaris consortio”.

Durante a conferência de imprensa, o presidente da CPF apresentou ainda um “enchiridion” (manual) que reúne os textos que foram publicados pela Santa Sé sobre a família e a vida humana, no final do pontificado de João Paulo II e já com Bento XVI.

“O objetivo é fornecer um instrumento útil de consulta aos diversos agentes pastorais, às associações pro-vida e movimentos familiares, aos investigadores, professores e políticos”, explicou o cardeal Antonelli.

A nova publicação fornece pistas sobre várias matérias, incluindo a “teologia e antropologia da família”, o “casamento interreligioso”, a “regulação da fertilidade”, a “demografia”, ou o “conceito de ética de vida, desde a conceção à morte natural”.

O CPF desenvolveu ainda outro livro, também lançado durante o encontro com os jornalistas, intitulado “A Família, um recurso para a sociedade”.

“Contém dados novos sobre os contributos positivos e negativos que as várias formas de família hoje existentes podem trazer à sociedade”, adiantou o prelado italiano.

O arcebispo de Milão, D. Angelo Scola, saudou a pertinência do tema “A Família: Trabalho e Festa”, que coloca em cima da mesa “uma das componentes mais importantes do ser humano”, ou seja, “o seu estado de permanente relação com o próximo”.

Referindo-se à família, aquele responsável sustentou que “os laços assentes no casamento fiel entre homem e mulher ainda continuam a ser a melhor forma de gerar e educar uma criança, apesar dos últimos desenvolvimentos culturais que colocaram em causa aquele modelo”.

Quanto ao trabalho, permite às pessoas desenvolverem as suas capacidades e relações sociais, mas acima de tudo, “favorece a construção de uma teia de confiança mútua que é vital para a coexistência humana”, concluiu D. Scola.

O programa do 7º Encontro Mundial de Famílias vai prolongar-se até dia 3 de junho, altura em que Bento XVI presidirá a uma missa na periferia da cidade de Milão.

Segundo a organização, a eucaristia de encerramento deverá ser mesmo um dos pontos altos do certame, já que é esperada a participação de mais de um milhão de fiéis.

JCP

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