Lamentou o responsável pelo Departamento dos Bens Culturais da Diocese do Porto
Porto, 18 mai 2012 (Ecclesia) – O responsável pelo Departamento dos Bens Culturais da Diocese do Porto, padre Manuel Amorim, considera que “a grande perda dos bens da Igreja não são tanto pelos furtos, mas pela falta de cuidado e conhecimento”.
Em declarações, hoje, à Agência ECCLESIA este responsável frisou que as igrejas estão “um bocadinho abandonadas” e que “muitas pessoas não sabem como os bens devem ser guardados e manuseados”.
O Departamento dos Bens Culturais da Igreja da Diocese do Porto promoveu, esta quinta-feira, um encontro de «cuidadores» que decorreu no Seminário de Vilar daquela cidade.
A iniciativa destinava-se a párocos, sacristães, comissões fabriqueiras, zeladores e outras pessoas envolvidas no cuidado do património das igrejas e contou com mais de trezentos participantes.
“Há uma falta de apreço pelos bens que a Igreja recebeu do passado como herança cultural”, lamentou o padre Manuel Amorim.
O encontro contou com a presença de vários especialistas que abordaram as temáticas da segurança, manutenção e preservação porque “estes bens fazem parte do património da Igreja”, sublinhou.
Como os padres “estão muito absorvidos por outras questões”, o responsável apela para que os leigos ganhem “mais sensibilidade para o lado patrimonial da Igreja”.
Em cima da mesa estiveram temas como “segurança e abertura de igrejas; O cuidado, o respeito e a nobreza do espaço litúrgico; boas práticas de manutenção do edifício religioso; diagnóstico e prevenção de riscos nas igrejas”, disse.
LFS