“Todos chamados ao compromisso” e “sem fronteiras nem barreiras” dominaram a sessão de encerramento da Semana da Cáritas, realizada em Évora, dias 22 e 23 de Março. Com esta iniciativa “pretendemos conciliar os dois temas, o da diocese e o da semana da Cáritas” – disse à Agência ECCLESIA Minervina Baptista, presidente da Cáritas diocesana, de Évora. Nas conclusões finais ressalta que “é chegado o momento em que mais do que nos preocuparmos com as «massas» nos devemos preocupar com as pessoas, com cada pessoa, a partir da sua interioridade, mas tendo em conta as diferenças da sua originalidade”. Uma actividade formativa que “penso que despertou os participantes para um compromisso de eliminarmos as barreiras e as fronteiras que todos os dias surgem”. Fronteiras e barreiras que “estão muitas vezes nas cabeças das pessoas” e são “resultantes de atitudes porque temos mais facilidade em criar muros do que os diluir” – reconhece a presidente da Cáritas de Évora. As diferenças em si mesmas são “um dom e um instrumento de acção”. Aliás a pessoa humana “é a expressão de todas as diferenças” – referem as conclusões finais. Durante as jornadas sócio-caritativas, os participantes fizeram também referência “à pessoa com deficiência” onde esta “nunca pode cortar a esperança e a fé no sentido da vida e o maravilhar-se perante a sua gratuidade”. No âmbito da problemática da deficiência “é necessário criar um órgão, a nível nacional”, que possa dinamizar uma reflexão nova, a partir dum olhar novo sobre estas pessoas, “dando-lhes espaço nas comunidades”. Perante uma realidade globalizante e imparável, por vezes geradora “de grandes desigualdades”, conclui-se “que nenhuma instituição é capaz, sozinha, de dar resposta às necessidades existentes no meio em que se insere; pelo que é de todo imprescindível fomentar e alargar parcerias com vista a uma maior complementaridade e articulação interinstitucional”.