Vaticano II: Trabalhos da Comissão Central pré-conciliar

Nos meses de janeiro e fevereiro de 1962 realizaram-se, no Vaticano, duas sessões de trabalho da Comissão Central pré-conciliar.

Nos meses de janeiro e fevereiro de 1962 realizaram-se, no Vaticano, duas sessões de trabalho da Comissão Central pré-conciliar. Na primeira (15 a 23 de janeiro), João XXIII pronunciou uma alocução no encerramento e na seguinte (20 a 27 de fevereiro) abriu e encerrou os trabalhos com comunicações.

Nas reflexões dos padres conciliares, o Papa referiu que a Comissão Pontifícia Teológica tratou “da disciplina moral e de tudo quanto concerne à ordem moral, questões realmente graves”. A Comissão Pontifícia da Disciplina dos Sacramentos abordou as temáticas da “Confirmação, a Penitência e as Ordens Sacras”. (Cf. Boletim de Informação Pastoral [BIP]; Nº 16, página 6).

Em relação à voz do povo cristão no Concílio, João XXIII sublinhou que todos os concílios “têm um ponto de partida nas aspirações comuns relativas ao que deve ser melhorado; estas aspirações são expressadas e relatadas pelos bispos que recolhem os votos, as esperanças e necessidades do clero e do laicado, fazendo-se seus intérpretes”. Os 16 volumes recolhidos, com as respostas dos bispos, são testemunho da afirmação do Papa.

Com o anúncio do II Concílio do Vaticano surgiram várias publicações sobre este magno acontecimento eclesial. Neste contexto, João XXIII afirma que “quanto às obras e aos estudos publicados por padres e leigos, apenas gozam de autoridade privada”.

Além dessas obras também foram publicados numerosos livros sobre o Concílio por autores que, “fora da Igreja, esperam por este grande acontecimento”. Nesta linha, o Papa que convocou o Concílio pede: “Para que uma obra seja verdadeiramente útil, é de desejar que seja escrita com prudência e objetividade – sobretudo se o seu autor goza de autoridade – para que o seu aparecimento não seja motivo de confusão e preocupação”.

Sobre a problemática dos seminários e dos estudos nestas instituições, o Papa realça que “é necessário velar para que os seminaristas aprendam bem as ciências sagradas, bem como, mas em grau menos desenvolvido, as ciências profanas e a literatura”. E acrescenta: “Tudo quanto respeita à difusão e ao maior progresso do Evangelho também deve ser devidamente organizado”. O apelo continua quando salienta que “é necessário ir ao encontro destas questões concernentes às vocações eclesiásticas, à organização e estrutura dos seminários e casas de formação, com soluções completas que respondam às exigências dos tempos”.

O apoio vocacional também foi objeto de reflexão. Nesta linha, João XXIII aconselha que todos devem “unir os seus esforços e preocupações para que os jovens chamados ao sacerdócio encontrem a ajuda de que precisam para se prepararem para as missões que os esperam”. (Cf. BIP, Nº 16, página 6).

LFS 

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top