Cultura: Feira do Livro de Lisboa devia terminar em junho para evitar vento e chuva, diz editora

Responsáveis da Paulus e Alêtheia apresentam destaques e programação

Lisboa, 04 mai 2012 (Ecclesia) – A Feira do Livro de Lisboa deveria voltar ao figurino antigo e acabar em meados de junho, por altura dos santos populares, para evitar as condições climatéricas adversas, considera a responsável da editora Alêtheia.

“Fazem falta as noites quentes em que as pessoas tinham possibilidade de ir passear para o Parque Eduardo VII e comer um gelado, calmamente e sem a ventania e chuva desta época do ano”, afirmou Alexandra Louro, que lamenta a fraca afluência de público em relação a edições anteriores.

A responsável referiu no entanto que as expectativas para esta iniciativa são “sempre boas, dado que a feira é uma oportunidade para uma grande festa do livro, em que os editores contactam diretamente com o leitor”.

A editora católica Paulus, por seu lado, fez “uma grande aposta” na imagem do seu stand: “Não podemos estar à espera que os clientes venham às nossas livrarias. Por isso é que apostamos cada vez mais na comunicação em eventos”, referiu o padre Rui Tereso.

“A feira é importante para a Paulus pelas vendas mas também pela imagem que queremos projetar”, sublinhou o sacerdote.

Apesar do “momento difícil” que Portugal atravessa, a editora vendeu mais livros em 2011 devido a obras como o ‘YouCat’, o catecismo da Igreja Católica para os jovens, e o ‘Missal Quotidiano’, que também deu “muita visibilidade” à editora da congregação religiosa fundada em Itália no ano de 1914 pelo beato Tiago Alberione.

“As pessoas continuam a comprar livros mas de valor menos elevado”, explicou o religioso, sublinhando que o “segredo” para manter o nível de vendas é a atenção às necessidades dos leitores católicos, como é o caso do lançamento recente da obra ‘A Nova Evangelização’, do arcebispo italiano Rino Fisichella.

Além do ‘YouCat’ as obras da Paulus em destaque na Feira do Livro centram-se no Concílio Vaticano II, cujo 50.º aniversário da abertura se assinala em 2012, no Ano da Fé, que começa em outubro, na temática infanto-juvenil e na catequese.

Todos os produtos que saíram há mais de ano e meio têm 20 por cento de redução, que sobe para 40 por cento no caso do ‘Livro do Dia’, e quem compra livros no stand da Paulus recebe um cupão de 15 por cento de desconto, que pode ser usado após o fim da feira na livraria da Paulus em Lisboa.

A agenda da editora inclui o lançamento do livro infantil ‘Pató e o seu amigo Tó’, de Julieta Vilela, com ilustrações de Ana Sofia Caetano, além de sessões de autógrafos.

No último dia da feira, a 13 de maio, prevê-se a realização de meia em meia hora de um encontro de esclarecimento sobre o ‘YouCat’, entre as 16h00 e as 18h00.

A Alêtheia vai realçar o livro ‘Jerusalém – A biografia’, o mais recente título de Simon Montefiore, bem como a obra de G.K. Chesterton, que tem sido “bastante procurada”, apontou Alexandra Louro.

À promoção do ‘Livro do Dia’ acrescentam-se os descontos nas obras infantis e a oferta de um livro na compra de três.

Vasco Graça Moura, Manuel Monteiro e Leonor Figueiredo são alguns dos autores que passaram pelo pavilhão da Alêtheia para sessões de autógrafos, aguardando-se ainda a presença do padre Gonçalo Portocarrero, este sábado, de José Miguel Sardica, no domingo, e de Maria Filomena Mónica.

RJM

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