Responsáveis eclesiais debatem situação dos católicos
Cidade do Vaticano, 23 abr 2012 (Ecclesia) –O Vaticano acolhe a partir de hoje a realização de uma nova reunião da comissão criada por Bento XVI, em 2007, para debater as “questões de maior importância” para a Igreja Católica na China.
O encontro, que se prolonga até quarta-feira, reúne os superiores de organismos da Cúria Romana e alguns representantes do episcopado chinês e congregações religiosas.
Do programa consta o tema da “formação dos leigos à luz da situação da comunidade católica na China”, tendo como pano de fundo a realização de um Ano da Fé (11 de outubro de 2012-24 de novembro de 2013), em toda a Igreja, por iniciativa de Bento XVI.
“Também vai dar-se atenção aos progressos realizados nos percursos de formação dos sacerdotes, das pessoas consagradas e dos seminaristas e a tudo o que falta fazer para uma preparação adequada para os serviços que são chamados a desenvolver no âmbito eclesial e para o bem da sociedade”, assinala um comunicado da sala de imprensa da Santa Sé.
Na China existem entre oito a 12 milhões de católicos, segundo o Vaticano, divididos entre os que pertencem à Igreja “oficial” (Associação Patriótica Católica – APC, controlado por Pequim) e à “clandestina”, fiel a Roma.
As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.
Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o Núncio Apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.
A APC foi criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa.
OC