Comunidades sadinas devem trabalhar em rede, sob a orientação de um «serviço paroquial de ação pastoral», sustenta D. Gilberto dos Reis
Setúbal, 20 abr 2012 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal está determinada a unir forças e a ultrapassar as fraquezas da sua ação sociocaritativa, de modo a responder de forma mais eficaz às necessidades das populações afetadas pela crise.
O mote é dado pelo bispo, D. Gilberto Canavarro dos Reis, que em carta enviada aos fiéis realça que “perante o número crescente dos pedidos de ajuda”, é preciso “providenciar para que se faça o levantamento das necessidades e respostas existentes e se estude que necessidades não têm resposta prevista”.
A exortação do prelado, divulgada através da página diocesana na internet, sublinha ainda a importância de “recolher com discrição e precisão dados sobre a realidade, quer no atendimento social através de folhas de apuramento estatístico, quer em entrevistas formais ou informais, de visitas ao domicílio ou outras modalidades de contacto direto”.
Todos os grupos, movimentos e instituições de solidariedade social, civis ou eclesiais, que marcam presença em cada uma das 57 paróquias sadinas, são desafiados a trabalhar em rede, numa perspetiva de “comunhão” e de “economia de meios”, sob a orientação de um “serviço paroquial de ação pastoral”.
“Toda a comunidade paroquial é sujeito da Ação Social e Caritativa. Por isso, envolvam-se todos os membros da paróquia numa apurada atenção aos mais pobres e na resposta aos vários tipos de pobreza”, exorta o bispo de Setúbal.
Entre as prioridades identificadas por aquele responsável, destacam-se o desenvolvimento de “uma consciência mais viva das exigências da caridade” e o estabelecimento de “linhas de ação mais adequadas e eficazes nas ajudas a prestar às famílias e indivíduos em situação de grave carência”.
D. Gilberto Canavarro dos Reis recorda que “a ação sociocaritativa não se esgota na assistência pontual, mas visa promover a pessoa, ajudando-a a construir o seu futuro”.
A divulgação deste conjunto de “normas pastorais” surge na sequência da apresentação, em setembro último, do documento “Serviços Paroquiais de Ação Social – para uma cultura da dádiva”, por parte da Conferência Episcopal Portuguesa.
O texto, lançado pelos bispos durante o 27º Encontro da Pastoral Social, em Fátima, sublinha que “a grave crise social constitui um forte apelo: a examinar e rever os modelos de resposta às dificuldades, a introduzir ajustamentos e a proceder ao incremento de serviços de ação social em todas as comunidades cristãs”.
JCP