Saudação de D. António Marto à Diocese de Viseu

SAUDAÇÃO À DIOCESE DE VISEU 1 – Servidor da Alegria do Evangelho Ao nomear-me vosso bispo, chama-me o Santo Padre João Paulo II para servir, no meio de vós e convosco, o Evangelho de Jesus Cristo, Redentor do homem e do mundo. Recebo esta nomeação como um apelo do Senhor. Quero responder-lhe com confiança e alegria segundo o lema que escolhi para o meu ministério episcopal: “Servidores da vossa alegria” (2Cor. 1, 24). E, também, com a disponibilidade, tão belamente formulada por S. João Crisóstomo, que fiz minha desde que soube que iria ser bispo de Viseu: “Senhor, seja feita a vossa vontade; não o que quer este ou aquele, mas o que Vós quereis que eu faça… Se Ele quer que eu permaneça aqui, fico-lhe agradecido. Se me chama para qualquer outro lado, sempre lhe darei graças”(Ofício de Leitura ). É, pois, com alegria e profundo reconhecimento ao Senhor que vou para junto de vós, para associar a minha vida à vossa e convosco caminhar na fé. De imediato, tenho diante de mim a tarefa de conhecer a nobre e venerável Igreja diocesana de Viseu – que se torna também a minha Igreja – tão rica de história e com uma fisionomia cultural e espiritual própria. Estou certo de que me ajudareis porque nada há de mais precioso que o conhecimento mútuo. 2 – Uma saudação para todos Hoje quero dirigir-vos uma primeira palavra de saudação: Salvé, querida diocese de Viseu! Eu te saúdo com todo o afecto e no amor de Jesus Cristo! Saúdo-vos a todos com as palavras de S. Paulo aos Romanos: “Desejo ardentemente ver-vos para vos comunicar algum dom espiritual a fim de que sejais reconfortados; ou melhor, para me reconfortar convosco e entre vós, mediante a fé que temos em comum, vós e eu” (Rom.1,11). A minha saudação quer entrar em cada casa das aldeias, vilas e cidades da nossa Diocese e chegar a todos aqueles que o Senhor me confiou. Ela quer chegar a cada família, em especial àquelas que vivem qualquer tipo de dificuldade; exprime-se num simples “olá, amiguito(a)” dirigido a cada criança; manifesta-se como disponibilidade para a escuta e companhia para todos os jovens; torna-se encorajamento e partilha de responsabilidade para os adultos; faz-se veneração afectuosa para os idosos, proximidade a cada doente, amor preferencial a cada pessoa pobre, humilhada ou portadora de deficiência; ressoa como convite respeitoso, discreto e dialogante a todos os homens e mulheres de boa vontade que não partilham a mesma fé. Ninguém é estranho a esta saudação. Ninguém se sinta excluído do amor e do afecto que ela exprime e comunica. Gostaria que todos soubessem que, no amor do Senhor Jesus, amo e procurarei amar até ao fim esta Igreja que Ele me confiou, todos aqueles que a constituem e toda a pessoa que vive no seu território. Desejo dirigir uma saudação de particular afecto ao Rev.mo Mons. Administrador Diocesano, ao Il.mo Cabido, a todos os sacerdotes, aos religiosos e religiosas, aos seminaristas, à Universidade Católica, às paróquias, aos grupos e movimentos laicais. Ninguém estranhará que o bispo reserve uma palavra especial para os seus padres, os seus mais próximos colaboradores, com quem forma um só Presbitério. A todos e a cada um de vós, pois, meus caríssimos irmãos no único sacerdócio de Cristo, quero manifestar a minha especial estima e o meu profundo reconhecimento pela fadiga apostólica com que exerceis o vosso ministério. A vós dirijo uma palavra de encorajamento e de confiança no meio dos inevitáveis cansaços e dificuldades. Saúdo também cordialmente, e com toda a deferência, as excelentíssimas autoridades civis, militares, académicas e administrativas, que representam todos os cidadãos do território da Diocese, com o voto de uma leal e generosa colaboração. Elevo, por fim, um pensamento devoto e grato ao meu venerado e caríssimo predecessor, D. António Monteiro, ainda tão vivo na recordação dos fiéis. 3 – Sob a protecção de Nossa Senhora Asseguro-vos que, desde já, estais todos na minha oração. E estou certo de que também posso confiar à vossa oração o meu próximo ministério entre vós. Convosco confio a Diocese e a minha missão pastoral à protecção de Maria, aqui invocada como Nossa Senhora do Altar Mor da Catedral, como que a convidar à contemplação da beleza do rosto de Cristo, no altar da Eucaristia. Por sua intercessão, o Senhor nos conceda uma verdadeira comunhão de pensamento, de olhar, de intenções e de metas. “De resto, irmãos, vivei na alegria, tendei à perfeição, animai-vos mutuamente, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco” (2Cor. 13,11). Sobre todos vós invoco a bênção do Senhor! E até breve! O vosso irmão bispo, + António Marto

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top