Identidade católica sem «intervalos»

Responsável pela emissora de inspiração cristã aponta a inovação como caminho a seguir, sem descurar a matriz da fé

Lisboa, 11 abr 2012 (Ecclesia) – O presidente do conselho de gerência do grupo Renascença, cónego João Aguiar Campos, encara a comemoração dos 75 anos da emissora católica como um apelo à inovação e ao reforço dos valores que norteiam o projeto.

No meio de um “tempo alérgico a convicções, embrulhado num relativismo que tudo iguala e desvaloriza”, a transmissão da mensagem cristã é uma “causa que não admite intervalos”, sustenta aquele responsável.

A Rádio Renascença (RR) celebrou esta terça-feira as suas bodas diamante, numa sessão solene acolhida pela Universidade Católica de Lisboa.

Esta cerimónia contou com a presença de diversas figuras ligadas à Igreja Católica, como o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e o Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato.

Destaque também para a presença de representantes do Governo, como o ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e de dezenas de funcionários da emissora católica.

Alguns destes profissionais de comunicação, vindos de diferentes delegações, foram alvos de uma homenagem por terem atingido 25 anos de “serviço à casa”.

O cónego João Aguiar Campos reconheceu “o trabalho profissional e corajoso de todos quantos alimentaram” o “sonho” da rádio, “contra ventos e marés” e agradeceu “o esforço de todos os anónimos que, não figurando nos documentos oficiais ou nas memórias, nem por isso podem ser esquecidos”.

Louvou também “a coragem empreendedora do monsenhor Manuel Lopes da Cruz e dos que, com ele, sonharam este projeto”.

Para o cardeal-patriarca de Lisboa, a fundação da Rádio Renascença ilustra a forma “pioneira” como a Igreja Católica tem procurado, ao longo dos tempos, corresponder à sua missão de “comunicar” com a sociedade.

“Há 75 anos a rádio era uma surpresa, a Igreja podía perfeitamente ter esperado para ver o que dava”, apontou D. José Policarpo, saudando a “ousadia” e “a lucidez de quem leu a História” e “percebeu o momento novo que começava”.

Num olhar de futuro, o prelado considerou que apesar da afirmação da Internet enquanto ferramenta de comunicação, hoje preenchida por uma “infinitude de blogs”, a rádio continua a ter espaço para crescer, se tiver “capacidade de diálogo”.

A comemoração do 75º aniversário da Rádio Renascença mereceu destaque no dossier da penúltima edição do Semanário da Agência ECCLESIA

JCP

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