«Ligação especial» das mulheres com Jesus

Papa reza oração «Regina Coeli» em dia de descanso em diversos países e localidades portuguesas

Castel Gandolfo, Itália, 09 abr 2012 (Ecclesia) – O Papa sublinhou hoje os laços particulares que as mulheres tiveram com Jesus ao testemunharem e anunciarem a sua ressurreição, tendo acentuado a importância dessa relação para os cristãos de todos os tempos.

“Naquele tempo, em Israel, o testemunho das mulheres não podia ter valor oficial, jurídico, mas elas viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor, que é fundamental para a vida concreta da comunidade cristã, e isto para sempre, em todas as épocas, não só no início do caminho da Igreja”, afirmou Bento XVI em Castel Gandolfo, residência oficial de férias do Papa, próxima do Vaticano.

Na alocução durante a oração Regina Coeli, enviada à Agência ECCLESIA, o Papa recordou que nos evangelhos “as mulheres têm grande espaço nas narrativas das aparições de Jesus ressuscitado, como de resto acontece nas da sua paixão e morte”.

Entre as mulheres, prosseguiu Bento XVI, destaca-se Maria, Mãe de Jesus, que através da Páscoa do seu filho se torna “Mãe da Igreja, isto é, de cada um dos crentes e de toda a sua comunidade”.

Bento XVI lembrou que a segunda-feira após a Páscoa é em muitos países dia de descanso, como acontece em algumas vilas de Portugal, uma oportunidade que pode ser aproveitada para “fazer um passeio na natureza ou para visitar familiares distantes, reunindo-se em família”.

“Queria que estivesse sempre presente na mente e no coração dos cristãos o motivo destas férias, ou seja, a ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé”, frisou, acrescentando que nestes dias “é importante” reler os trechos dos quatro evangelhos que descrevem a passagem de Cristo da morte à vida.

“O acontecimento da ressurreição enquanto tal não é descrito pelos evangelistas: permanece misterioso, não no sentido de ser menos real, mas de ser escondido, para além do alcance da nossa consciência, como uma luz de tal maneira brilhante que não se pode ver com os olhos sem os cegar”, assinalou.

A oração Regina Coeli (Rainha do Céu), proferida pelo Papa ao meio-dia, substitui a prece do Angelus durante o Tempo Pascal, período de 50 dias que a Igreja Católica celebra entre os domingos de Páscoa e Pentecostes, que este ano se assinala a 27 de maio.

RJM

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Agência ECCLESIA

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