Educação: Desenvolvimento integral dos jovens só é possível se família, escola e paróquia estiverem unidos

Colégio São Miguel, em Fátima, assinala 50 anos com a presença do seu primeiro e único diretor e do bispo diocesano

Fátima, Santarém, 12 mar 2012 (Ecclesia) – O diretor pedagógico do Colégio São Miguel, em Fátima, afirmou este sábado que famílias, escolas e paróquias devem encontrar uma linha de ação comum para a educação específica que dão às crianças e jovens.

O “desenvolvimento integral” dos alunos só se consegue se aquelas instâncias trabalharem em conjunto, “de tal modo que se harmonizem as dinâmicas e haja coerência nos processos formativos”, disse Virgílio Mota à ECCLESIA, no decorrer do encontro “Por um projeto de pastoral integrada: Família, Escola e Paróquia”.

D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, afirmou, a respeito da iniciativa, que pretende ajudar os fiéis a tomar consciência de que “é tão importante esta presença, em missão, dos cristãos no mundo, como lugar da sua vocação e da sua missão, como ir à missa ao domingo”.

“É de igual importância a missão que o Senhor nos confiou na construção de um mundo justo, fraterno e feliz”, acrescenta.

Este responsável afirma, por outro lado, que “a causa da educação é uma causa nacional, uma causa social”,que assenta em três “pilares”: a família, a escola e a comunidade cristã.

“Entre estas três instâncias deve existir uma aliança educativa”, observa D. António Marto.

A convergência de estratégias não anula a diferenciação: enquanto a família “é o elo mais importante do processo, porque é nela que se jogam todos os aspetos fundamentais e estruturantes” dos jovens, a escola deve ser simultaneamente “lugar de ensino” e de “ligação” às famílias e paróquias para “obter sinergias”, explicou Virgílo Mota.

 “A paróquia e a escola têm muito a fazer para complementar, apoiar e formar as famílias”, em resposta aos “embates de uma dinâmica de civilização e de vida que torna difícil o seu trabalho na formação e no acompanhamento do crescimento dos jovens”, sublinhou.

A iniciativa enquadrou-se nas comemorações do meio século de existência da escola dirigida desde a sua criação pelo padre Joaquim Ventura, a quem o bispo fundador, D. João Pereira Venâncio, confiou em outubro de 1962 o projeto de um colégio que ao “lado do santuário de oração” se tornasse “um santuário de cultura, entre a fé e a vida”.

A “razão de ser” da instituição é o “crescimento da pessoa em todos os seus valores numa perspetiva evangélica”, referiu o responsável, acrescentando que “o colégio esteve sempre cheio” desde o seu início, quando registava pedidos de inscrição “de todo o país”.

Os “pilares” do estabelecimento são “amizade, verdade e exigência”, apontou o sacerdote de 83 anos, acrescentando que mais de um quarto dos 100 professores do colégio foram seus alunos.

O padre Joaquim Ventura considera que “o ensino particular está a prestar um serviço extraordinário à nação” e que, nesse âmbito, “as escolas católicas têm uma missão providencial e insubstituível de evangelização e humanização”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros visitou na última terça-feira no colégio, que a 11 de fevereiro juntou mais de 800 antigos alunos num encontro de confraternização.

As comemorações dos 50 anos da instituição, que estão a ser marcadas por atividades mensais, terminam em setembro.

PTE/RJM/OC

Notícia atualizada às 16h17

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