África: Desertificação preocupa Bento XVI

Papa apela à intervenção da comunidade internacional na região subsaariana do Sahel

Cidade do Vaticano, 10 fev 2012 (Ecclesia) – Bento XVI lançou hoje um apelo à intervenção da comunidade internacional em favor das populações da região africana do Sahel, a sul do deserto do Sara, atingidas por uma situação de “extrema pobreza”.

O Papa falava perante os representantes da fundação pontifícia que acompanha a situação, atuando junto de milhões de pessoas em situação de risco.

“Exorto a comunidade internacional a preocupar-se seriamente com a extrema pobreza destas populações, cujas condições de vida se deterioram”, afirmou.

Os países mais afetados são o Burquina-Faso, Chade, Gâmbia, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal.

Segundo Bento XVI, “o Sahel foi gravemente ameaçado, de novo, durante estes últimos meses por uma diminuição importante de recursos alimentares e pela fome, por causa da falta de chuva e do avanço constante do deserto que daí resulta”.

No início deste ano, o secretário da Fundação João Paulo II para o Sahel, da Santa Sé, referiu à Rádio Vaticano que se estava face a uma “situação crítica”.

O Papa aludiu à ação desta fundação, elogiando os seus “incontáveis projetos para contrariar a desertificação”, encorajando os organismos eclesiais que trabalham neste campo.

Bento XVI apelou ainda ao estabelecimento de “boas relações” com os muçulmanos, para testemunhar que “o amor de Cristo vai para lá de qualquer religião, raça e cultura”.

Apesar das dificuldades existentes, o discurso papal deixou uma palavra de esperança, afirmando que “África é o continente do futuro”.

Em 2011, a Fundação João Paulo II para o Sahel, criada há 28 anos, distribuiu 1,43 milhões de euros a 176 projetos de ajuda às populações da região.

OC

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Agência ECCLESIA

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