Cidade do Vaticano, 09 fev 2012 (Ecclesia) – A sala de imprensa da Santa Sé emitiu hoje um segundo desmentido, em menos de 24 horas, sobre notícias relativas a alegadas ilegalidades na gestão financeira do Vaticano.
Em causa, desta feita, estão acusações deixadas no programa ‘Gli Intoccabili’, do canal televisivo italiano ‘La7’, que apresentou o Instituto para as Obras de Religião (IOR) como um “banco offshore”.
Para a Santa Sé, esta é uma definição que foi utilizada para lançar uma sombra de “ilegalidade” sobre a instituição, sublinhando que a mesma é uma “fundação” e não um banco.
O comunicado sublinha, por outro lado, que a reportagem televisiva transmitiu “afirmações infundadas”, negando que as normas do Vaticano impedissem “investigações ou procedimentos penais” antes das alterações promovidas por Bento XVI, em 2011.
Uma nova legislação sobre lavagem de dinheiro entrou em vigor a 1 de abril do último ano.
Antes, o Papa tinha criado a “Autoridade para a Informação Financeira”, um organismo especial para prevenir e combater o branqueamento de capitais e vigiar as operações financeiras da Santa Sé.
Esta quarta-feira, o porta-voz do Vaticano refutara em comunicado as acusações de ocultação de operações de ‘lavagem de dinheiro’ por responsáveis do IOR e da Autoridade de Informação Financeira.
Segundo o padre Federico Lombardi, as informações divulgadas pelo jornal italiano ‘l’Unità’ revelam uma “notável falta de seriedade”.
OC
