D. Jorge Ortiga espera que as várias iniciativas programadas ajudem a «valorizar» a pessoa
Braga, 09 fev 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga publicou uma “saudação” à ‘Guimarães 2012’, Capital Europeia da Cultura, adiantando que a Igreja Católica na região vai “propor, em espírito de parceria, um conjunto de iniciativas”.
“Move-nos o espírito de colocar ao serviço deste acontecimento marcante para a nossa região e nunca a mínima intenção de proselitismo. No diálogo e confronto de iniciativas podemos delinear um futuro de maior humanização para todos os homens”, assinala D. Jorge Ortiga, no documento hoje enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo este responsável, “Guimarães 2012 tem reunidas todas as condições para valorizar a pessoa, desenvolver as suas potencialidades e talentos, engrandecer o seu espólio cultural, cantando assim o que de bom e belo a vida tem”.
“Sabemos que este caminho é árduo, já que são muitos os que, nos tempos modernos, concebem a cultura como uma preparação técnica com o fim de garantir benefícios económicos, mas este caminho utilitarista é sesgo e pobre”, lamenta.
O prelado elogia a confluência de “diferentes correntes culturais, intelectuais e artísticas” no conjunto de eventos programados para Guimarães (350 km a norte de Lisboa), enquanto Capital Europeia da Cultura, a par da cidade de Maribor, na Eslovénia.
“Desejo verdadeiramente, caríssimos amigos, que durante este ano, Guimarães prepare e percorra um caminho que a perpetue na história como a Cidade da Verdade, da Pessoa, da Dignidade que a Capital da Cultura soube alicerçar”, assinala.
D. Jorge Ortiga deixa votos de que “a arte, a dança, a música, a literatura, a arquitetura” se possam harmonizar “em vista à formação da pessoa humana, para viver plenamente a sua própria vida”.
“O essencial habita bem mais além dos sentidos”, sublinha, acrescentando que “a Igreja não é alheia ao mundo da cultura”.
“Num ano que espero e desejo pródigo em eventos, desde inúmeros espetáculos musicais e cinematográficos a momentos de poesia e de encontros literários, gostaria de me associar a cada um de vós, aprender convosco e tornar presente aquilo que vale e sempre permanece, a Vida”, escreve D. Jorge Ortiga.
A saudação está disponível em português, espanhol e inglês na página da diocese minhota na Internet.
“Sejam bem-vindos e aceitem a alegria de vos acolhermos com a delicadeza que exprime um sentimento de profunda estima e simpatia por quantos nos visitarem”, diz o arcebispo de Braga, aos visitantes.
OC