Bento XVI destacou ainda importância da fé para superar sofrimento e doença
Cidade do Vaticano, 05 fev 2012 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje no Vaticano à defesa da vida humana, “em todas as fases e condições da existência”, associando-se à jornada convocada pelos bispos italianos, por esta causa.
“A verdadeira juventude realiza-se no acolhimento, no amor e no serviço à vida”, disse o Papa, após a oração do Angelus, desde a janela do seu apartamento, sobre a Praça de São Pedro.
A iniciativa da Conferência Episcopal Italiana teve como tema, este ano, ‘Jovens abertos à vida’.
Ainda com vestígios da neve que caiu sobre o Estado do Vaticano, membros das associações ‘Jovens por Roma’ e ‘Salva mamãs’ fizeram um cordão humano, para assinalar a jornada pela vida.
Bento XVI saudou, por outro lado, o encontro promovido este sábado pelos escolas de Obstetrícia e Ginecologia das universidades romanas, dedicado ao tema ‘Promoção e tutela da vida humana nascente’.
Na catequese e saudações que pronunciou em várias línguas, o Papa antecipou a celebração do Dia Mundial do Doente, a 11 deste mês, frisando que “as doenças são um sinal da ação do Mal no mundo” e que, nos Evangelhos, “a libertação das doenças e enfermidades constituiu, juntamente com a pregação, a principal atividade de Jesus”.
“Continua a ser verdade que a doença é uma condição tipicamente humana, na qual experimentamos fortemente que não somos autossuficientes, mas temos necessidade dos outros”, acrescentou, pelo que a mesma “pode ser um momento salutar, paradoxalmente, no qual se pode experimentar a atenção dos outros”.
Bento XVI admitiu, contudo, que a doença pode ser uma “prova” longa e que quando a cura não surge a existência “deprime-se e desumaniza-se”, como um “ataque do Mal”.
A resposta, precisou, passa pelos “tratamentos adequados” que os avanços “gigantes” da medicina proporcionam, mas sobretudo com “fé em Deus, na sua bondade”.
O Papa assinalou que essa fé é uma “atitude decisiva e de fundo” para enfrentar a doença, rezando em particular “pelas situações de maior sofrimento e abandono”.
“Façamos também nós como as pessoas do tempo de Jesus: espiritualmente, apresentemos-lhe todos os doentes, confiantes de que Ele pode e quer curá-los”, pediu.
OC