Solidariedade: Dirigentes de instituições católicas e padres antigos precisam de saber mais de Doutrina Social da Igreja

Intervenção para os mais carenciados tem de ser «repensada e refletida», diz arcebispo de Évora

Beja, 26 jan 2012 (Ecclesia) – Alguns responsáveis de instituições de solidariedade católicas e os padres antigos precisam de saber mais sobre a Doutrina Social da Igreja, consideram os bispos de Évora e do Algarve.

“Sentimos por parte dos funcionários que trabalham connosco, e por vezes daqueles que estão à frente das instituições [sociais], que existe um certo défice na preparação e aprofundamento dos princípios básicos subjacentes à atividade que desenvolvemos”, afirmou à ECCLESIA o arcebispo eborense, D. José Alves.

As declarações foram feitas durante a ação de formação do clero de Évora, Beja e Algarve, que reflete até hoje sobre a ‘Doutrina Social da Igreja: perspetivas atuais’.

Os temas apresentados no encontro que decorre desde segunda-feira em Beja corresponderam às expectativas dos bispos, padres e diáconos, respondendo a “uma falha existente sobretudo naqueles que se formaram em Teologia há mais tempo”, declarou o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas.

Para o arcebispo de Évora a doutrina da Igreja “precisa de ser repensada e refletida por parte dos que estão mais diretamente empenhados na ação social, neste caso os sacerdotes, porque são eles que têm a responsabilidade de formar o Povo de Deus e pôr em movimento aqueles princípios”.

“É bom que o clero, que deve estar próximo do povo e do país, aprofunde as suas ideias e aponte algumas saídas, sabendo que muitos problemas se resolvem com a união das forças”, apontou por seu lado o bispo de Beja, D. António Vitalino.

A Igreja, observou D. José Alves, “tem uma ação sociocaritativa que não pode de forma alguma secundarizar”, como se comprova pelas “dezenas de instituições” católicas existentes nas dioceses da Província Eclesiástica de Évora.

O “grande desejo” do clero, acrescentou, é “melhorar a resposta aos múltiplos problemas” com que as instituições de solidariedade católicas são confrontadas, embora estas não disponham dos “meios necessários” para responder a todos.

O bispo de Beja espera que a atualização contribua para “unir as sinergias eclesiásticas” ao nível das orientações pastorais e da relação entre o clero: “Esperamos sair desta formação com mais unidade de ação e de princípios, e sobretudo mais amigos” porque “uma diocese tem de funcionar como uma família”.

PTE/RJM

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