Voluntariado tem «dignidade própria»

Confederação Portuguesa celebra 5.º aniversário e lamenta «menosprezo» pelo trabalho dos voluntários

Lisboa, 18 jan 2012 (Ecclesia) – A Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) apelou hoje ao respeito pela “dignidade própria” do trabalho de proximidade desenvolvido por voluntários em todo o país, lamentando que o mesmo seja inferiorizado.

“Tal menosprezo é tanto mais preocupante quanto os voluntários se ocupam, com frequência, de problemas não solucionados pelos departamentos e instituições competentes; muitas vezes, eles são votados ao ostracismo, em vez de apoiados”, sublinha a direção da CPV, liderada por Eugénio Fonseca, em mensagem enviada à, a propósito do quinto aniversário da instituição que se comemora esta quinta-feira.

O também presidente da Caritas Portuguesa aponta o reconhecimento do voluntariado “como um imperativo que se impõe, sendo certo que se não lho for concedido se estará a usurpar a sociedade civil de uma das dimensões organizadas de cidadania que indelevelmente lhe pertencem”. 

Ao Estado, indica a mensagem, compete criar “as condições favoráveis” para “a criação, desenvolvimento e qualificação das organizações de voluntariado”.

Para a direção da CPV, a legislação sobre o voluntariado precisa de “algumas alterações importantes”, mas seria “mais recomendável o aprofundamento da identidade e dimensões do trabalho voluntário, antes da consagração daquelas alterações”.

O documento deixa ainda votos de que o ano de 2012, dedicado ao envelhecimento ativo, ofereça “um forte contributo para a renovação do voluntariado”, com “mais voluntários de todas as idades, a favor do bem comum”.

A sessão comemorativa do 5.º aniversário da Confederação Portuguesa do Voluntariado vai decorrer esta quinta-feira na sede nacional do Corpo Nacional de Escutas, em Lisboa, a partir das 19h00, contando com a presença de Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e da Segurança Social.

A CPV, criada em 2007, “resultou da vontade de instituições, de âmbito nacional, de voluntariado ou que o integram na prossecução das suas atividades por sentirem, entre outras razões, a necessidade de se conseguir cooperação entre as organizações de voluntariado, e entre estas e outras entidades”, lembra a mensagem da direção nacional.

OC

 

 

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