D. José Policarpo considera que a defesa da vida é uma questão cívica que ultrapassa as fronteiras da Igreja Católica
Fátima, Santarém, 10 jan 2012 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal, D. José Policarpo, afirmou hoje em Fátima que a atual lei do aborto pode ser “redimensionada” e que não é só a Igreja Católica que se preocupa “com as questões da vida”.
Em declarações aos jornalistas, após a reunião do Conselho Permanente da CEP, este responsável disse que os bispos analisaram “um pedido de um grupo que está a refletir e a movimentar-se para as questões ligadas à vida não morram no esquecimento”.
“É importante que esses movimentos sejam movimentos cívicos alargados, penso que não é o momento de fazer crer à sociedade que só a Igreja Católica se preocupa com as questões da vida”, assinalou.
Entre as preocupações atuais, D. José Policarpo elencou ainda a “violência que se está a implantar” na sociedade e a necessidade de “respeito pelas crianças”.
Um movimento de cidadãos está a recolher assinaturas para um referendo que visa garantir a ‘inviolabilidade da vida humana’ na legislação portuguesa.
Os promotores manifestam a sua intenção de “banir o ‘aborto a pedido’ e atalhar a eutanásia”.
Nesse sentido, considera-se que nos referendos sobre a legalização do aborto, “os votantes de 1997 e 2007 não estavam a decidir sobre o seu próprio direito à vida, mas apenas sobre o direito de terceiros, sem voz nem voto”.
A ‘comissão pro referendo Vida’ tem a seguinte constituição: Leonor Ribeiro e Castro, Maria das Dores Folque, Vera de Abreu Coelho, Carlos Fernandes, Luís Botelho, Luís Paiva, Miguel Lima, Rodrigo Castro.
OC