2012: Bispo da Guarda acredita que jovens podem ajudar a «substituir modelos de desenvolvimento»

Milhares de licenciados inscritos nos centros de emprego devem ser encarados como uma «oportunidade», diz D. Manuel Felício

Guarda, 03 jan 2012 (Ecclesia) – O bispo da Guarda espera que 2012 traga ao país “modelos novos de desenvolvimento”, através de um aproveitamento mais efetivo do potencial dos jovens qualificados, muitos deles no desemprego ou a trabalhar no estrangeiro.

Na homilia da missa de ano novo, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício considerou “preocupante” o número de licenciados que Portugal tem desaproveitado, defendendo a construção de uma sociedade onde “todas as pessoas sejam valorizadas e motivadas”.

O prelado mostrou-se convicto de que, “com a sua imaginação e criatividade”, os mais novos podem ajudar a sociedade portuguesa a “encontrar modelos novos de desenvolvimento para substituir aqueles que têm sido propostos e que já deram o que tinham a dar”.

A este nível, D. Manuel Felício criticou o atual quadro de desenvolvimento “voltado para o crescimento material”, sujeito à “ditadura dos mercados” e que, “como prova a experiência”, tem tido “consequências desastrosas”.

“Nos tempos difíceis que atravessamos, apostar na educação dos jovens é transformar um peso em oportunidade de desenvolvimento para o nosso País”, sublinhou o bispo egitaniense, chamando a atenção para o facto de, entre as cerca de 700 mil pessoas atualmente inscritas nos centros de emprego “25 por cento” são “jovens com diplomas”.

“Ainda recentemente depois de presidir a uma celebração de finalistas, no ato de receberem o seu diploma de ensino superior, eles próprios me confidenciaram que metade já tinha contratos para exercer a profissão em Inglaterra”, confidenciou.

Ao longo do texto, o prelado pediu maior “responsabilidade” a todas as famílias, para que transmitam aos mais novos com “determinação e convicção” o que significa exercer a “autêntica liberdade”.

Enquanto a liberdade “alinhar com a prática do relativismo”, vai acabar sempre “por confundir-se com o império do interesse pessoal sobre os direitos dos outros e do bem comum”, concluíu D. Manuel Felício.

JCP

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