Igreja/Cultura: Prioridade ao «serviço» para purificar sociedade

D. João Lavrador, novo responsável episcopal para a relação com o mundo cultural, diz que os católicos podem «melhorar a sua presença» neste setor

Lisboa, 10 dez 2011 (Ecclesia) – D. João Lavrador, recentemente eleito vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, considera que a Igreja deve privilegiar o “serviço” em vez da “influência” na relação com o mundo cultural.

Em entrevista ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), o bispo auxiliar do Porto sublinha que “a Igreja não tem de medir se tem mais ou menos influência na sociedade”, deve sim “reconhecer que tem um serviço a prestar no domínio da cultura”.

“E quando assim é, a medida é dar-se sem medida, ou seja, estar atenta, oferecer e estar presente à maneira de um pequeno grão de mostarda que cresce constantemente” acrescenta o prelado, que aborda depois a forma como os responsáveis eclesiais se têm relacionado com as “muitas realidades” que fazem parte da cultura.

Para D. José Lavrador, a Igreja “está satisfatoriamente nesse meio, embora possa melhorar sempre a sua presença”, contribuindo com o “evangelho, construtor do homem novo e que purifica a cultura de tudo o que é contrário à dignidade humana”.

A nova configuração da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais ficou definida em novembro, durante uma assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa.

Presidido por D. Pio Alves, também bispo auxiliar do Porto, aquele organismo integra ainda D. Nuno Brás, um dos bispos auxiliares de Lisboa, que acompanhará a vertente dos media.

D. João Lavrador olha para o futuro sob uma perspetiva de “continuidade ativa”, tendo já avançado que o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) vai continuar a ser dirigido pelo padre José Tolentino de Mendonça e que o quadro de colaboradores se irá manter inalterado.

No campo das iniciativas, a jornada da Pastoral da Cultura e a reunião com os membros deste setor, ambas de periodicidade anual, serão para manter, bem como a edição semestral do boletim “Observatório da Cultura”, “que tem sido um instrumento extraordinário”, sublinha o prelado.

SNPC/JCP

 

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