Igreja: Paróquias devem saber acolher, diz bispo de Bragança-Miranda

«Acolhimento cordial e gratuito é a condição primeira da evangelização», sublinha D. José Cordeiro

Bragança, 05 dez 2011 (Ecclesia) – As comunidades paroquiais estão obrigadas a receber bem e a ouvir as inquietações de quem vai ao seu encontro, frisou este domingo o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro.

“As paróquias devem ser casas que sabem acolher e escutar medos e esperanças das pessoas, perguntas e angústias”, afirmou o responsável na missa celebrada na paróquia de São Tiago, em Bragança, segundo homilia enviada à Agência ECCLESIA pela diocese.

Ao presidir à eucaristia em que se assinalaram os 25 anos da paróquia bragantina, o prelado afirmou que “o acolhimento cordial e gratuito é a condição primeira da evangelização”.

Depois de salientar que as comunidades paroquiais têm de estar prontas a “oferecer um corajoso testemunho e um anúncio credível da verdade, que é Cristo”, D. José Cordeiro referiu que a paróquia “deve ser uma casa aberta à esperança”.

O termo grego “paroikía”, que está na origem da palavra “paróquia”, significa “estar entre as casas”, mas com a influência do cristianismo o vocábulo “assumiu um significado ‘místico’, e por isso, se passou a entender como o peregrino, aquele que reside em situação de “estrangeiro”, longe da própria casa”, explicou.

Diante de uma assembleia onde estava o presidente da Câmara Municipal de Bragança, D. José Cordeiro realçou que “o homem cristão está sempre em viagem, isto é, sempre à procura”, pelo que os fiéis devem ser “pessoas que estão em estado permanente de peregrinação”.

“A paróquia é a célula base da Igreja, não é apenas uma divisão administrativa da Diocese, mas um espaço eclesial na qual a Igreja se dá como o todo no fragmento”, apontou o prelado na celebração concelebrada por D. António José Rafael, um dos bispos eméritos da diocese.

Na homilia em que vincou a importância do domingo para os cristãos, o bispo afirmou que os 25 anos da comunidade de São Tiago “é tempo oportuno para recomeçar” de “uma Boa notícia”.

“Não podemos recomeçar do pessimismo, dos problemas, da ilusão. Nós recomeçamos sempre das boas notícias de Deus”, disse D. José Cordeiro, sublinhando que a diocese de Bragança-Miranda “precisa de novos evangelizadores”.

RJM

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Agência ECCLESIA

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