Monsenhor Feytor Pinto participou em encontro internacional no Vaticano
Lisboa, 29 nov 2011 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Pastoral da Saúde lamentou hoje que a espiritualidade seja, “infelizmente, muitas vezes, esquecida” nos vários setores da vida contemporânea.
Em declarações à Agência ECCLESIA, monsenhor Vítor Feytor Pinto referiu que se “decapita o ser humano” se “não existir dimensão espiritual”.
Apesar de lamentar que quando se fala em Pastoral da Saúde se olhe apenas para a doença, o coordenador sublinha que as pessoas “ainda pensam que a saúde é ausência de doença e esta perspetiva tem de ser ultrapassada”.
A sociedade deve ser provocada para uma “abertura ao culto da vida” e superar as “tendências constantes de cultivar a morte pelo mau uso da vontade humana”, frisou.
“A medicina e toda a organização da política de saúde devem estar ao serviço da vida”, acrescenta.
Ao longo de três dias (entre quinta-feira e sábado), este responsável participou, no Vaticano, numa conferência internacional sobre o tema ‘A Pastoral da Saúde ao serviço da vida’, em volta da encíclica ‘Evangelho da Vida’, do beato João Paulo II.
Nesta evocação ao antecessor de Bento XVI, monsenhor Feytor Pinto realçou o papel desempenhado por João Paulo II nesta área específica: “Em 1985 instituiu a Comissão Pontifícia para os Profissionais de Saúde e, depois, converteu isso em Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde”.
Na iniciativa, realizada no Vaticano, estiveram cerca de 700 participantes de 73 países e Portugal esteve representado por D. Manuel Linda, vogal da Comissão Episcopal para a Pastoral Social e Mobilidade Humana; Paulo Macedo, ministro da saúde e o referido monsenhor Vítor Feytor Pinto.
A Pastoral da Saúde tem vários departamentos (hospitais, trabalhos das paróquias e o apoio dado pelos movimentos) e nessa polivalência, este setor da pastoral cuida dos doentes, mas, “além disso é também educação para a saúde”.
Promover uma vida “com qualidade para todos os cidadãos” é um dos objetivos da Pastoral da Saúde e neste contexto – salienta monsenhor Feytor Pinto parafraseando João Paulo II – “a saúde é a situação de harmonia integral da pessoa, apesar dos limites bio, psico, sociais e culturais, em ordem à realização completa do ser humano na idade da vida”.
LFS