Movimento dedicou seminário nacional à situação do país, apelando à sobriedade e à partilha
Albergaria-a-Velha, Aveiro, 28 nov 2011 (Ecclesia) – A Ação Católica Rural (ACR) alertou em comunicado para as “duras condições de vida que afetam atualmente a maioria dos portugueses, falando em “consequências no crescimento do desemprego, da pobreza e da miséria económica e moral”.
“A pobreza e a exclusão social são um atentado à dignidade da pessoa humana e uma violação dos direitos fundamentais de cidadania”, assinala a direção do movimento católico, que realizou o seu seminário nacional, entre sábado e domingo, na casa de Nossa Senhora do Socorro, em Albergaria-a-Velha, diocese de Aveiro.
Dedicado ao tema ‘De uma vida sóbria, à partilha solidária: dos problemas às soluções’, o encontro juntou 75 “militantes e simpatizantes”, das várias dioceses onde o movimento está implantado.
“Partindo da consciência profunda, tornou-se mais presente a necessidade e importância de uma vida sóbria, um estilo de vida mais evangélico que seja testemunho e sinal de esperança”, pode ler-se, no documento conclusivo, enviado à Agência ECCLESIA.
Os trabalhos foram orientados pelo padre João Gonçalves, da diocese de Aveiro, que exerce a função de vigário episcopal para a Pastoral Social, diretor Diocesano da Pastoral Sociocaritativa e coordenador nacional da Pastoral dos Reclusos, entre outros.
Os participantes foram “desafiados a uma maior atenção à realidade e aos problemas concretos, bem como a um papel mais interventivo”.
“Em comunhão com a hierarquia, a ACR assume plenamente a sua missão de movimento de leigos conscientes e ativos, cientes da sua autonomia e capacidade organizativa, ao serviço de todas as pessoas, grupos e instituições sociais, continuando a ser escola de pessoas protagonistas na sociedade, «enraizados em Cristo e firmes na fé», neste momento de grandes desafios e oportunidades”, assinala o comunicado final do seminário nacional.
A Ação Católica Rural é uma “associação livre de leigos, homens e mulheres, jovens e adultos, que, de uma forma orgânica e estável, sob o impulso do Espírito Santo, em comunhão com a Igreja, promove, com um método peculiar, o da revisão de vida, o crescimento de toda a comunidade humana bem como os projetos pastorais e a animação evangélica de todos os ambientes, particularmente das pessoas e meios que são menos favorecidos”.
OC