Está fechado o pano sobre a vida e obra de D. António Monteiro, que ontem foi a enterrar na Diocese que liderou durante 16 anos. O Núncio Apostólico em Lisboa, um dos presentes em Viseu nas exéquias de D. António Monteiro, recordou o legado pastoral do prelado. “Foi um dos primeiros Bispos que tive o prazer, a satisfação, de conhecer quando cheguei a Portugal. Era, verdadeiramente, um bispo com uma alma de pastor”, disse D. Alfio Rapisarda. O Núncio Apostólico em Lisboa recusou falar na sucessão de D. António Monteiro e sublinha que o nome do próximo Bispo de Viseu está nas mãos do Papa João Paulo II. O presidente da Câmara Municipal de Viseu também marcou presença no funeral e destacou a “obra notável” de D. António Monteiro, nomeadamente, a forma como abriu a Diocese à autoridade pública. “Acho que é uma perda para a Diocese, para o país, mas fundamentalmente para o conselho”, afirmou Fernando Ruas. O Primeiro-ministro, Durão Barroso, enviou hoje uma carta ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, na qual expressa o seu pesar pela morte do bispo de Viseu, D. António Monteiro. “Tendo tomado conhecimento do falecimento do Bispo de Viseu, D. António Monteiro, apresento na pessoa de Vossa Eminência à Conferência Episcopal Portuguesa os meus sentimentos de pesar pela perda do ilustre Prelado”, pode ler-se na missiva. A Sé de Viseu encheu-se por completo, na tarde de ontem, para o último adeus a D. António Monteiro. A concelebração eucarística das exéquias foi presidida por D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, a quem se juntaram quase todos os prelados do país. Na sua homilia, D. José Policarpo deixou uma palavra de consolação à Diocese de Viseu. “Eu tenho a certeza de que, a partir deste momento, a Igreja de Viseu, é amada por Cristo Pastor como pelos Bispos que a acompanharam e guiaram ao longo dos séculos, o último dos quais leva ainda fresca a ternura com que o acolhestes, D. António Monteiro, que com Cristo celebra a Páscoa eterna”, referiu.
