D. Jorge Ortiga lança ano letivo nos seminários arquidiocesanos com pedido de uma «nova identidade sacerdotal»
Braga, 14 nov 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga abriu este domingo o ano letivo nos seminários arquidiocesanos sublinhando a importância da formação de padres prontos para “sacudir” a sociedade e ir ao encontro dos mais necessitados.
“Próprio do Seminário é formar padres felizes, ousados, pobres, despojados, próximos, dedicados e capazes de sacudir esta sociedade”, apontou D. Jorge Ortiga, num discurso proferido a todos os seminaristas e equipas formadoras, no Seminário Conciliar de Braga.
Na sua mensagem, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado salientou que “ser padre é ser alguém que provoca escândalo, que ousa acreditar que há caminhos longos a percorrer, pensando em quem não tem pão e, quem sabe, mesa para o colocar”.
A construção desta “nova identidade sacerdotal”assenta, antes de mais, na adoção de “uma formação integral: humana, espiritual, intelectual e pastoral” que permita ao jovem padre ser imagem atualizada da “presença de Cristo” no mundo.
Para D. Jorge Ortiga, a caminhada vocacional de ser um “caminho de consagração total” a Deus e às comunidades cristãs, expresso através de uma “comunhão vertical (divina) e horizontal (humana)” que vai contra “todos os individualismos, calculismos e fundamentalismos”.
Ao aceitar Cristo, o Evangelho e a Humanidade como referências, acrescenta, os futuros sacerdotes aceitam também transformar-se em “semente feita palavra para cair, morrer e dar fruto”, passando a ser capazes de “dedicar-se a tempo inteiro aos irmãos”, em especial àqueles “mais carenciados e sofredores”.
No meio da grande “mesa” da vida, onde são servidas hoje “muitas realidades dolorosas (…) é este o novo jantar que o padre tem para oferecer ao mundo!”, concluiu o novo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
A cerimónia de abertura do novo ano letivo aconteceu no último dia da Semana dos Seminários deste ano, celebrada pela Igreja Católica em Portugal, com o tema “formar pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo”.
JCP