Novo bispo responsável pela cultura, bens culturais e comunicações sociais diz-se «surpreendido» pela eleição e elogia antecessor
Fátima, Santarém, 08 nov 2011 (Ecclesia) – A inclusão da espiritualidade na denominação da Comissão Episcopal da Liturgia visa combater o “ritualismo” e o afastamento de alguns movimentos católicos em relação à oração oficial da Igreja, afirmou hoje o bispo responsável pelo setor.
A espiritualidade “é um aspeto que nos parece muito importante para vencer uma certa frieza e um certo ritualismo, para o qual encontramos algumas tendências”, declarou D. Anacleto Oliveira à Agência ECCLESIA, durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorre de segunda a quinta-feira em Fátima.
“É fundamental que quem intervém na liturgia, a começar pelo presidente, a viva como momento de oração muito forte”, acrescentou o bispo de Viana do Castelo, que hoje foi reeleito para um mandato de três anos à frente da agora designada Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade.
A decisão de reformular o nome foi também motivada pelo facto de existirem “muitos movimentos de espiritualidade que correm o perigo de descambar se perderem a ligação à oração oficial da Igreja”, explicou.
D. Anacleto Oliveira revelou que vai propor o aumento de dois para três bispos a assumir o cargo de vogais da Comissão: “A composição vai manter-se e ser acrescentada, mas mais não posso dizer porque tenho de o comunicar ao presidente da Conferência Episcopal”, D. José Policarpo.
Por seu lado o novo responsável pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves, disse estar “surpreendido” com a “confiança” dos membros da Conferência Episcopal.
O prelado, um dos bispos auxiliares do Porto, referiu que a Comissão “já tem uma longa e feliz história, uma vez que o presidente cessante [D. Manuel Clemente, responsável pela diocese portuense] fez um magnífico trabalho”.
Depois de indicar que pode ser feito “algum pequeno ajustamento” no departamento, D. Pio Alves disse que o espera “fundamentalmente um trabalho de continuidade”.
RJM