Lisboa, 03 nov 2011 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal da Grécia admitiu hoje que o país “está no caos” e que a população está mais voltada para a demissão do Governo do que para aderir a um referendo sobre as medidas de austeridade.
“Todos esperam a demissão do Executivo, e não um referendo. E é claro que os eleitores comparecerão às urnas contra esses cortes drásticos” salientou D. Fragkiskos Papamanolis, em entrevista publicada hoje pela Rádio Vaticano.
Esta tarde, o primeiro-ministro grego afastou o cenário de demissão, numa mensagem ao Parlamento, sublinhando que o principal objetivo deverá passar por “pôr em prática” o plano da União Europeia contra a crise.
A queda ou fragilização do Governo e um resultado desfavorável à aplicação das medidas de austeridade aprovadas por Bruxelas significará a “saída do euro”, avisou Georges Papandreou.
Por agora, os líderes das principais economias europeias, que começaram hoje a participar numa cimeira do G20 em Cannes (França), já lançaram um ultimato ao Governo grego, para decidir rapidamente esta questão.
Para D. Fragkiskos Papamanolis, dadas a condição “desoladora” da sociedade grega, o cenário mais plausível será a saída do euro.
“Idosos, famílias e jovens são os que mais sofrem. As taxas aumentaram e acaba sobrando para os operários. O desemprego chegou a 30%”, salientou.
RV/JCP