D. António Monteiro levantou bem alto a bandeira da família

Recordações dos tempos em que D. António Monteiro era Presidente da Comissão Episcopal da Família De uma “simplicidade típica de um franciscano”, D. António Monteiro era um homem “muito preocupado com os assuntos da família e com a vida, dada a sua formação na área da Teologia Moral” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. José Lobato, padre da diocese de Setúbal que foi secretário da Comissão Episcopal da Família e trabalhou directamente com o falecido bispo de Viseu. O «Não ao aborto» foi uma das ideias mais defendidas pelo bispo de Viseu, D. António Monteiro, que morreu sábado à noite, vítima de doença prolongada. Sensibilizar o Governo e conseguir que este apostasse em leis que promovessem os valores da família era um dos seus grandes objectivos, já que considerava que estes valores estavam a ser diariamente destruídos na sociedade actual. A sua exigência na defesa da vida “não lhe tirava o sentido da problemática e da dramaticidade das pessoas. Era radical mas não era insensível aos problemas destas” – sublinhou o Pe. José Lobato que acentua: “um falecimento antecipado em relação à esperança de vida dos portugueses”. “Apesar de ser definida na Constituição portuguesa como a célula base da sociedade, a família está a ser torpedeada de muitas maneiras”, lamentou à Lusa em Dezembro de 2001, referindo-se, por exemplo, à legislação laboral, que permitia que um marido estivesse “a trabalhar em Chaves e a mulher em Faro”. Como solução deste problema defendia que um dos pais “devia ter direito a ficar em casa para cuidar dos filhos, até que estes atinjam os 5 anos, e por educar um novo cidadão receberiam mais um salário”. Com o intuito de defender esta célula da sociedade, D. António Monteiro pedia com “frequência que estes temas fossem reflectidos por teólogos de correntes diferentes” – realçou este sacerdote da diocese de Setúbal. Um homem que se levantava de “madrugada (às 4 da manhã) para aproveitar o silêncio e poder trabalhar melhor”. Perante labor intenso na defesa da família chegou a afirmar: “os deputados na Assembleia da República deviam criar leis que promovam os valores da família, que estão a perder-se devido à sociedade moderna”. Notícias relacionadas • Faleceu D. António Monteiro, Bispo de Viseu

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