Bispos católicos estão reunidos em Bruxelas para debater impacto da crise financeira
Bruxelas, 27 out 2011 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), reunida em Bruxelas até sexta-feira para debater “a crise financeira”, considera que o euro representa o “sucesso do processo de integração”.
Em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, o presidente da COMECE, D. Adrianus van Luyn, sublinhou que a “moeda comum” de 17 Estados-membros é um “símbolo importante” do caminho percorrido pela UE, acrescentando que um dos valores mais importantes neste processo “foi sempre a solidariedade”.
A assembleia plenária de outono reúne 23 bispos em volta das razões económicas e políticas para esta situação e numa análise às “repercussões sobre a vida de tantas pessoas na Europa”, assinalou o bispo holandês.
Portugal está representado no encontro por D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real e delegado da Conferência Episcopal junto da COMECE.
Os líderes europeus e da zona euro chegaram esta madrugada, ao fim de uma maratona negocial de quase dez horas a um novo plano para reduzir a dívida grega e atribuir a Atenas um novo plano de resgate.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, anunciou também o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), dos atuais 440 mil milhões de euros para um bilião de euros.
A COMECE deve publicar, no final da assembleia plenária, o documento ‘Economia social de mercado’, com o objetivo de contribuir para “o debate sobre a atual crise”.
Van Rompuy vai encontrar-se na sexta-feira com a presidência da comissão das conferências episcopais da UE, para debater, segundo D. Adrianus van Luyn, “a questão do diálogo [da Igreja Católica] com as instituições comunitárias, sobretudo o Conselho Europeu”.
OC
