D. Januário Torgal Ferreira presidiu a missa no Dia Nacional do Exército
Lisboa, 24 out 2011 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas abordou este domingo, em Bragança, os cortes financeiros implementados pelo Governo no Exército Português, considerando que uma sociedade só é “desenvolvida” quando salvaguarda a dignidade das pessoas.
“Uma sociedade é desenvolvida quando, por decisões, provar que as pessoas mais indignificadas constituem o seu primeiro objetivo”, afirmou D. Januário Torgal Ferreira, durante as comemorações do Dia Nacional do Exército.
Numa eucaristia que decorreu na Sé de Bragança, com a presença do ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, o prelado criticou “um setor social onde o lucro é a preocupação mais valiosa” e “onde a repartição dos bens não é proporcional às enfermidades e aos encargos”.
No próximo dia 12 de novembro, em Lisboa, o Exército Português vai realizar uma ação de protesto contra as medidas de austeridade que o Executivo de Pedro Passos Coelho inscreveu na política orçamental para os próximos anos.
Para o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, aqueles homens e mulheres “não são mais nem menos que os outros cidadãos” que têm “competência e legitimidade de aspirações”.
Quando cada pessoa é vista apenas como “simples objeto ou ideologia” não há lugar para uma “comunidade verdadeira nem uma instituição honrada”, alertou.
Aludindo aos “sacrifícios” que têm sido pedidos àqueles “construtores da paz”, ao longo dos anos, o prelado pediu maior atenção para as dificuldades com que se estão a debater os militares.
“O País é amado por estas mulheres e homens. Oxalá que o amor seja mútuo, pela justiça e pela paz”, concluiu.
JCP