Dia Mundial das Missões convida ao voluntariado

Celebração de domingo convida católicos a reforçar solidariedade, partilha da fé e cooperação internacional

Lisboa, 22 out 2011 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra este domingo o 85.º Dia Mundial das Missões, apelando às suas comunidades para uma maior cooperação e solidariedade junto das populações mais desfavorecidas.

A prioridade foi definida por Bento XVI na sua mensagem para as comemorações deste ano, intitulada ‘Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós’, reforçada através do guião que as Obras Missionárias Pontifícias (OMP) prepararam para outubro, denominado como ‘mês missionário’.

“Promover a participação ativa em ações e campanhas que visem a dignidade de todas as pessoas” e “criar uma consciência viva de solidariedade” estão entre as principais preocupações apresentadas pelas OMP.

O documento propõe também “atitudes e gestos que levem a um maior espírito de abertura, diálogo, colaboração e compreensão entre as pessoas, grupos e comunidades”.

Num texto assinado por Fernanda Freitas, coordenadora desta iniciativa, “jovens, adultos, seniores, em Portugal ou lá fora, em áreas diversas como o ambiente, o desporto e a cultura” são chamados a adotar o voluntariado como missão e a “fazerem a diferença”.

Em entrevista à ECCLESIA, a responsável pela Rede de Voluntariado Missionário da Fundação Fé e Cooperação (FEC) assinala que o sucesso do trabalho voluntário está cada vez mais dependente do tipo de “parcerias” que se estabelecem entre organizações que trabalham em prol do desenvolvimento e instituições que já existem nos locais de missão.

“Hoje em dia não faz sentido o voluntário ir, chegar, dar o rebuçado e vir embora, as coisas têm de ser concertadas com a comunidade local, com as instâncias oficiais, por isso as parcerias são essenciais”, explica Sofia Lopes.

[[v,d,2629,]]O 85º Dia Mundial das Missões surge também como uma oportunidade de ajuda financeira para o desenvolvimento das tarefas de evangelização nos territórios de missão.

Nesse sentido, nas celebrações dominicais vai ser realizado um peditório, em todas as dioceses e paróquias, que irá reverter a favor de diversos projetos missionários, em solo nacional e além-fronteiras.

Segundo o Papa, a Igreja e os cristãos não podem ficar tranquilos ao saberem que “após dois mil anos ainda existem povos que não conhecem Deus e não escutaram a sua mensagem de salvação”.

O arcebispo Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) apela, neste contexto, a um compromisso para chegar aos “cinco mil milhões de pessoas que não conhecem o Evangelho”.

O presidente da Comissão Episcopal das Missões portuguesa defende que o nascimento de uma Igreja “toda missionária” só será possível quando cada cristão se assumir como “rosto” de Cristo, “apaixonado pela humanidade”.

“É necessário converter a nossa vida, expondo-a permanentemente àquela rajada de verbos do Senhor Jesus: ‘vai, vende, vem e segue-me’, e transformarmo-nos em testemunhas credíveis do Ressuscitado no nosso ambiente e em toda a parte”, afirma D. António Couto, na sua mensagem para este dia.

Já o novo diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) diz que um dos principais desafios da missão católica de hoje é “animar” todos aqueles que se afastaram da Igreja, sobretudo na Europa.

“Que o cristão um pouco mais atento e animado pelo Evangelho diga a esses que a Igreja precisa deles, isto é fundamental”, sublinha o padre António Lopes, em declarações ao Programa da Igreja Católica deste domingo, na Antena 1, dedicado ao Dia Mundial das Missões.

PRE/JCP/OC

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Agência ECCLESIA

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