Finanças: Organizações católicas pedem que novo imposto europeu favoreça combate à pobreza

Taxa sobre transações financeiras deve gerar 55 mil milhões de euros anuais

Lisboa, 06 out 2011 (Ecclesia) – A aliança internacional de agências católicas de desenvolvimento – CIDSE desafiou a União Europeia (UE)a reservar os fundos gerados pelo novo Imposto sobre Transações Financeiras (ITF) para a luta contra a pobreza e as alterações climáticas.

A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira uma proposta de imposto que deve gerar 55 mil milhões de euros anuais, anunciou o seu presidente, o português José Manuel Durão Barroso, em Estrasburgo.

Bernd Nilles, secretário-geral da CIDSE, considera que esta proposta legislativa é “uma importante vitória para a justiça e a solidariedade”.

“A Comissão fez um bom serviço e agora a bola está no terreno dos estados membros da UE. Estes devem apoiar o imposto”, assinala o responsável, citado pela Fundação Fé e Cooperação (FEC).

A CIDSE lamenta, no entanto, a falta de indicação sobre o destino a dar às receitas do ITF, considerando “inconcebível que estas receitas possam simplesmente ir repor o orçamento da UE ou os cofres nacionais”.

“O dinheiro não deve apenas acabar no buraco negro dos défices orçamentais. O ITF tem sido construído sobre as promessas feitas para combater a pobreza e as alterações climáticas”, disse Nilles.

FEC/OC

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