Lisboa, 30 ago 2011 (Ecclesia) – O bispo auxiliar de Manágua, capital da Nicarágua, garante que a Igreja Católica local “vai continuar a denunciar tudo o que há de injusto, ilegal e violento na sociedade, mesmo que isso signifique a morte”.
Segundo a agência Fides, D. Sílvio Baez expressou esta posição durante a celebração eucarística deste domingo, na catedral de Manágua, três dias depois do assassinato do padre Marlon Ernesto Pupiro Garcia, ainda por resolver.
Classificando Pupiro como um “sacerdote exemplar, comprometido com a fé e amado pelo seu povo”, o prelado aproveitou a homilia para pedir às autoridades policiais que resolvam o homicídio com “verdade e justiça”.
Desafiou ainda os fiéis a “levarem mais a sério a sua fé e a seguirem Cristo com fidelidade, colocando-o acima das suas próprias vidas”.
“Não temam, o sangue do padre Pupiro grita dos céus, mas é também sangue que gera coragem”, concluiu.
Desde o dia 25 de agosto que a polícia de Manágua está a investigar o assassinato do sacerdote de 40 anos, pároco da Igreja da Imaculada Conceição, em Masaya.
No seguimento deste caso e de várias ameaças de morte que têm surgido contra o clero local, as forças de segurança já prenderam pelo menos sete pessoas.
JCP