Madeira: É mais fácil apreciar ação social da Igreja do que converter-se aos seus valores, diz bispo do Funchal

D. António Carrilho presidiu à missa evocativa de Nossa Senhora do Monte, padroeira da cidade e da diocese

Monte, Funchal, Madeira, 16 ago 2011 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou este domingo que é “mais fácil apreciar e dar maior importância à ação social e caritativa da Igreja do que aos valores e caminhos da conversão” que ela proclama.

Na homilia da missa evocativa de Nossa Senhora do Monte, enviada à Agência ECCLESIA, D. António Carrilho salientou que a Igreja não pode “calar” as suas “propostas e valores, nos seus constantes apelos à conversão” e à “transformação de cada homem e mulher no seu íntimo”.

Depois de vincar que a ação caritativa não pode desligar-se da renovação espiritual, o prelado afirmou que “muitos problemas humanos e sociais encontram perspetivas de solução a partir de dentro, a partir do coração e da consciência”, conduzidas pelas “referências éticas do bem e do mal”.

“A solidariedade e a partilha, como expressão da caridade e do amor fraterno, são sempre necessárias”, em especial na crise “grave e profunda” que Portugal atravessa, mas têm de supor “a prática habitual da verdade e da justiça, nas relações entre as pessoas e na definição dos sistemas económicos e sociais”, acrescentou.

Durante a missa em que se invocou a padroeira da diocese e da cidade do Funchal, D. António Carrilho referiu-se às “dificuldades”, “carências” e “sentimentos quase generalizados de insegurança e falta de confiança no futuro” experimentados por “muitas famílias”, tendo pedido aos fiéis para não se deixarem “invadir pelo desânimo”.

O prelado entende que “o testemunho dos cristãos deve ser “um claro sinal de Esperança nas noites da História, surpreendida pelas forças do mal” que ameaçam “a cultura e a sociedade atual, quando esta prescinde de Deus”.

“Nos nossos dias, com tantas solicitações e propostas no âmbito dos bens materiais, não é fácil manter viva esta atitude de abertura aos valores espirituais e sobrenaturais, não é fácil assumir os valores da fé: esquecem-se, muitas vezes, os mais altos ideais do Evangelho”, frisou.

A eucaristia, celebrada no dia em que os católicos assinalam a Assunção da Virgem Maria, contou com a participação de representantes civis e militares da Região Autónoma, entre as quais o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.

RM

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