Igreja/Juventude: Portugal quer receber JMJ

Diretor do Departamento Nacional diz que o desejo só deve poder concretizar-se a partir de 2020

Madrid, 12 ago 2011 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), da Igreja Católica, admitiu hoje o “desejo antigo” de receber em Portugal uma edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), apostando na promoção do país em Madrid.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o padre Pablo Lima admite que a vontade de acolher em Portugal o maior evento juvenil organizado pela Igreja “ainda não será concretizável nos próximos doze ou treze anos”.

“Até lá, há muito trabalho a fazer. E temos de começar já hoje”, indica.

A capital espanhola acolhe, de 16 a 21 deste mês, a JMJ 2011 e uma equipa do DNPJ encontra-se na cidade desde a última segunda-feira, apontando agulhas para a hipótese de receber a edição de “2021 ou 2022”.

“A organização de uma Jornada Mundial da Juventude é um processo moroso, de mais de uma década”, assinala o padre Pablo Lima.

O sacerdote recorda a “lógica intercontinental alternante” nas JMJ, que em 2014 devem levar este acontecimento religioso e cultural até outro continente.

“Pena é que, após cada nova edição das Jornadas, um grande capital humano e pastoral seja perdido ou fique adormecido até novo aviso. Seria necessário começar a trabalhar já, junto da Secção de Jovens do Conselho Pontifício para os Leigos, bem como em Portugal”, indica o diretor do DNPJ.

Este departamento promove, no dia 18 de agosto, um encontro dos jovens com os bispos portugueses em Madrid, promovendo ainda um “kit nacional”, para “marcar uma presença efetiva e visível de Portugal na dinâmica das JMJ, preparando assim o terreno para uma iniciativa futura deste género”.

Em 2009, recorda o padre Pablo Lima, “a Conferência Episcopal Portuguesa apresentou ao Conselho Pontifício para os Leigos o pedido de celebrar umas Jornadas Mundiais da Juventude em Portugal, Fátima 2017”, para comemorar também assim o centenário das aparições.

“Porém, a proximidade geográfica com a Espanha – seriam duas jornadas europeias seguidas no mesmo extremo do continente – e o caráter demasiado tardio da candidatura (apenas oito anos de diferença!) fez com que a Santa Sé não pudesse anuir ao pedido dos nossos bispos. Mas ficou a constar a vontade dos cristãos e dos pastores de Portugal”, prossegue.

A cidade sede da JMJ 2014 vai ser anunciada por Bento XVI, em Madrid, no próximo dia 21.

OC

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