Inglaterra: Arcebispo de Birmingham «chocado» com a onda de violência

D. Bernard Longley apela à oração e ao apoio dos católicos para restaurar «valores» em crise

Lisboa, 11 ago 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Birmingham mostrou-se “chocado e profundamente triste” com a “destruição e pilhagens” registadas durante as últimas noites nesta cidade inglesa, cerca de 220 km a noroeste de Londres.

Em comunicado publicado esta quarta-feira pela página na internet da Conferência Episcopal de Inglaterra e Gales, D. Bernard Longley pede à comunidade católica que reze, “em especial pelos que perderam as suas habitações ou propriedades”.

“Rezamos também pelo fortalecimento de valores familiares e por orientação, para uma mudança de coração dos que estão envolvidos” na onda de violência, acrescenta.

A polícia qualificou a noite como “calma”, depois de três homens terem sido atropelados mortalmente na terça-feira.

Os tumultos começaram no último sábado em Tottenham, norte de Londres, em protesto contra a morte de um residente numa operação policial, e alastraram-se a outras partes da capital e cidades inglesas.

Segundo o último balanço das autoridades de segurança, foram detidas 1131 pessoas, das quais 109 em Birmingham.

O arcebispo local apela ao compromisso dos católicos em favor dos “pobres e necessitados”, dando como exemplo o beato John Henry Newman, falecido a 11 de agosto de 1890, e apelando à sua intercessão “pelo povo de Birmingham e todos os cidadãos”.

Comentando os recentes acontecimentos na Inglaterra, o bispo emérito de Setúbal disse que estes atos não podem ser lidos apenas num quadro de dificuldades económicas e são também reflexo de uma crise de valores.

“Vamos imaginar que é fomentado pela crise económica e justificado por muitos pela crise económica, pela falta de emprego, mas eu creio que não devemos ser assim tão simplistas. Eu creio que em todos estes acontecimentos há muito de vandalismo, de criminalidade, tudo isto é uma manifestação de crise de valores”, referiu D. Manuel Martins à Renascença.

Os motins dos últimos dias incluíram incêndios de carros e edifícios, vandalismo e pilhagem de lojas e confrontos com a polícia.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top