Países lusófonos são os principais campos de ação para inciativas que variam entre duas semanas e dois anos de duração
Lisboa, 21 jul 2011 (Ecclesia) – A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) revelou hoje que mais de 1100 jovens e adultos portugueses estão envolvidos em projetos de caráter missionário, em pleno Ano Internacional do Voluntariado.
De acordo com um inquérito efetuado por aquela organização não-governamental, que coordena mais de 60 entidades ligadas a este meio, “Portugal conta com 846 voluntários missionários”, “África, América do Sul e Ásia recebem 287” e o período de colaboração varia “entre 15 dias e dois anos”.
No que diz respeito às missões internacionais, nos países lusófonos – Moçambique, Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe -, os voluntários atuam sobretudo em áreas como a “educação/formação, pastoral, saúde, animação sociocultural, construção de infraestruturas e agricultura”.
231 pessoas fazem voluntariado em projetos internacionais considerados de “curta duração”, ou seja, entre 15 dias a 6 meses, e 56 pessoas dedicam “um ou dois anos da sua vida a um projeto num país em desenvolvimento”.
Em 2010, o número de voluntários em missões internacionais foi de 360.
O documento revela que há quem aproveite o período de férias para colaborar, principalmente os jovens, outros retiram uma licença sem vencimento no trabalho e há ainda quem esteja desempregado ou reformado e dedique esse tempo à solidariedade.
“A maioria das comunidades locais acolhe de forma calorosa esses voluntários, partilhando o melhor de si e da sua cultura” adianta a FEC, que é responsável pela formação de grande parte dos portugueses que partem em missão no estrangeiro.
Entre os principais beneficiários destas ações de cooperação contam-se as crianças, jovens, mulheres, professores, famílias, idosos e técnicos de associações sediadas em territórios com poucos recursos, que através do apoio que recebem ganham novas forças, no combate a problemas de caráter social, económico e cultural.
Em Portugal, os trabalhos multiplicam-se por todo o país envolvendo, entre outras, entidades paroquiais, instituições particulares de solidariedade social e associações juvenis.
A maior parte do esforço voluntário concentra-se na resolução de carências reveladas por crianças e idosos, mas também no serviço às famílias, jovens, mulheres, professores e técnicos de associações.
De acordo com as entidades consultadas, para além de se enriquecerem enquanto seres humanos, os colaboradores “aprendem novas formas de estar e ser e há uma grande valorização da vida em comunidade e da partilha”.
O empenho missionário não cessa com o final de um determinado trabalho, já que muitos “comprometem-se a continuar a apoiar os projetos” ou “desejam voltar para o país de missão para trabalhar”, conclui a FEC.
Desde 2002, a FEC dinamiza a Plataforma do Voluntariado Missionário e reúne anualmente os dados que contribuem para as estatísticas desta realidade.
JCP