Província Portuguesa quer «elevar nível espiritual, cultural e formativo dos cristãos» e estender a sua atividade a Angola e Timor-Leste
Fátima, Santarém, 20 jul 2011 (Ecclesia) – A Província Portuguesa dos Carmelitas Descalços quer “consolidar” a sua presença junto das comunidades cristãs do país e além-fronteiras, para “responder às exigências do tempo presente”.
“Há uma grande sede de Deus, as pessoas procuram um sentido para a vida e cabe-nos a nós, através do nosso carisma, corresponder a esses anseios, estabelecendo laços mesmo no meio do secularismo ou do ateísmo” aponta o padre Joaquim da Silva Teixeira, provincial da Ordem em Portugal, em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA.
Com centros de espiritualidade espalhados por diversos pontos do país, como em Fátima, no Centro Mariano Internacional “Domus Carmeli”, o futuro da Província Portuguesa passa por “dar maior qualidade a todos estes espaços e valorizar o trabalho que tem vindo a ser feito, junto de padres, religiosos, jovens e casais” sublinha o padre Joaquim da Silva Teixeira.
No horizonte está a hipótese de alargar a atuação a países irmãos como Angola, onde a Ordem já chegou a marcar presença, e a Timor-Leste, com a fundação de uma primeira comunidade.
“Estamos em diálogo com os nossos colegas espanhóis e esperamos que nos próximos dois ou três anos, isto se possa tornar uma realidade” adianta o sacerdote.
Para dar maior dinâmica a estes projetos, a congregação deposita grandes esperanças nas vocações que vão surgindo.
No último sábado foram instituídos cinco jovens sacerdotes, dois portugueses, dois timorenses e um angolano.
“As gerações mais novas sintonizam-se mais facilmente com a modernidade e com os desafios do mundo e contamos com eles para nos ajudarem a fazer a ponte entre a espiritualidade e a cultura atual”, conclui o líder da Província Portuguesa dos Carmelitas Descalços.
Nascida da reforma da Ordem do Carmo, no século XVI, levada a cabo por Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz, esta congregação religiosa tem uma ligação de vários séculos com Portugal mas apenas estabeleceu raízes mais profundas a partir de 1980.
A sua ação caracteriza-se sobretudo pela devoção a Nossa Senhora e pela promoção da vida espiritual no meio da sociedade, através da pregação, da abertura e orientação de grupos de oração, semanas de estudo e retiros, da partida em missão e da elaboração de escritos e conferências.
JCP