Padre Manuel Leitão Marques diz que o tempo de permanência limita trabalho a desenvolver
Faro, 18 jul 2011 (Ecclesia) – O padre Manuel Leitão Marques, que celebra este mês 50 anos de ordenação sacerdotal, trabalha há 32 anos no Algarve como responsável pelo setor da Pastoral do Turismo da diocese, no qual desenvolveu um serviço de acolhimento.
“É preciso saber acolher, prestar assistência e ter as igrejas abertas com horários afixados, disponibilizados também nos hotéis”, observa, em declarações ao semanário diocesano «Folha do Domingo».
O responsável aposta numa particular atenção aos turistas que participam nas celebrações eucarísticas dominicais algarvias, incluindo a elaboração de um suplemento litúrgico com tradução para inglês.
Este subsídio é distribuído nas paróquias de Albufeira, Almancil, Armação de Pera, Castro Marim, Lagoa, Lagos, Matriz e Nossa Senhora do Amparo de Portimão, Sé de Faro, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
Para além disso, o padre Leitão Marques envia, em outubro, no início de cada ano pastoral, os horários paroquiais das Eucaristias para hotéis e postos de turismo.
O sacerdote, que conhece pessoas que passam férias em Alvor há 25 anos, considera ainda que “hoje, no trabalho com o turista, pouco se pode fazer” porque “o turismo aumentou muito, mas a permanência é pouca”.
“A comunidade cristã do Algarve deve ser, essencialmente, de acolhimento porque a Pastoral do Turismo deve começar nas paróquias de origem”, defende, interpelando: “Que trabalho se pode fazer com pessoas que passam aqui um ou dois fins de semana?”.
O padre Manuel Leitão Marques, de 76 anos, natural de Pínzio, concelho de Pinhel (Guarda), celebra, no próximo dia 23, 50 anos de sacerdócio.
No próximo domingo, será celebrada uma missa de ação de graças pelas bodas de ouro sacerdotais, pelas 18h00, na igreja de Alvor que o sacerdote diz ser um “momento de encontro, partilha e oração pelas vocações”.
SM/FD/OC