Escutismo: Exemplo dos chefes é a melhor educação, sublinha arcebispo de Évora

D. José Alves presidiu a missa evocativa dos 75 anos do Corpo Nacional de Escutas na arquidiocese

Évora, 11 jul 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora frisou este domingo que o exemplo de vida dos dirigentes escutistas constitui o ensinamento mais efetivo às crianças e jovens que constituem o Corpo Nacional de Escutas.

“Nunca vos esqueçais de que o vosso modelo de vida é, sem dúvida, a melhor pedagogia para educar”, disse D. José Alves na missa em que se assinalou o 75.º aniversário do escutismo católico na arquidiocese eborense, segundo texto da homilia enviado à Agência ECCLESIA

O prelado assinalou que “o escuteiro não é passivo nem conformista”, servindo-se “da iniciativa e da criatividade para promover o respeito e o bem dos outros e da natureza”, ao mesmo tempo que se esforça por combater “o egoísmo e solidão, porque sabe que os outros precisam dele tal como ele precisa da companhia e da ajuda dos outros”.

O escuteiro, prosseguiu o arcebispo, “privilegia a vida em grupo como forma de promover a convivência social”, “aceita a disciplina e, por meio dela, prepara-se para enfrentar e vencer as dificuldades da vida”, além de que é “crente e cultiva a sua fé”.

“Se pensarmos nos cerca de mil e quinhentos escuteiros, atualmente existentes na Arquidiocese e nos muitos milhares que ao longo destes anos se filiaram no Corpo Nacional de Escutas, podemos dizer que a pequena semente do escutismo produziu muitos frutos”, referiu.

D. José Alves salientou que os resultados do escutismo católico não se revelam só “pelo número de aderentes mas, principalmente, pela qualidade da formação ministrada às sucessivas gerações de escuteiros”.

Depois de apelar à “generosidade, constância, resistência à ansiedade, otimismo e esperança”, o prelado evocou o inglês Baden-Powell (1857-1941), fundador do movimento escutista, que qualificou de “extraordinário cristão anglicano”.

A sua intuição, recordou, “levou-o a adotar uma acertada pedagogia que prepare os adolescentes e os jovens para a vida em sociedade, de forma a poderem sentir-se realizados pessoalmente e dotados de competências que os habilitem a intervir na transformação da sociedade”.

A presença do escutismo católico em Évora, uma “sementeira algo tardia” em relação às restantes dioceses de Portugal “por razões que a história conhece”, deveu-se à “tenacidade” de D. Manuel Mendes da Conceição Santos, arcebispo de Évora entre 1920 e 1955, lembrou D. José Alves.

“É certo que não faltaram avanços e recuos, altos e baixos, como é próprio de todas as instituições humanas. Mas, tudo somado, o saldo é francamente positivo”, afirmou o prelado sobre os 75 anos do escutismo em Évora, 130 km a leste de Lisboa.

A concluir a homilia, D. José Alves agradeceu aos chefes o “excelente contributo que deram à sociedade e à Igreja na educação das muitas gerações de escuteiros, que deixaram e continuam a deixar rastos positivos de honestidade, de verdade, de solidariedade e de comunhão fraterna na sociedade”.

RM

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