D. António Carrilho recordou que aquele sacramento encerra para cada cristão um «compromisso social»
Funchal, Madeira, 24 jun 2011 (Ecclesia) – O bispo do Funchal convidou esta quinta-feira os fiéis a fazerem da Eucaristia fonte de relação com Deus e exemplo de “amor solidário”, em busca de uma sociedade melhor.
“Perante os desafios do mundo atual, onde a solidão, a tristeza e a falta de sentido para a vida marcam e caracterizam muitos dos nossos contemporâneos, a Eucaristia ilumina a história de cada homem e de cada mulher” realçou D. António Carrilho, durante a celebração do Dia do Corpo de Deus.
No Largo do Colégio, diante de centenas de fiéis, responsáveis eclesiais e autoridades civis, o prelado defendeu que o mistério eucarístico “traduz-se em gestos, sempre renovados e inovadores, de solidariedade, unidade e comunhão fraterna”.
A solenidade deste ano teve como tema “Eucaristia, dom do pai para a vida e para o mundo”, integrado nas comemorações dos 500 anos da criação da diocese madeirense.
Para D. António Carrilho, a partilha do Corpo e Sangue de Cristo, que se repete a cada domingo, “implica sempre um compromisso social de fraternidade, porque é exigência de comunhão com os outros”.
Aquele gesto, paradigma da “caridade divina”, torna presente “o novo Maná, que sacia todas as fomes e sedes, as aspirações mais íntimas e profundas, os anseios de justiça, paz, amor e liberdade da família humana de todos os tempos”.
A diocese do Funchal, criada pelo Papa Leão X a 12 de junho de 1514, consagrou os próximos três anos de preparação para o seu centenário à Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, com o tema “Igreja em Missão”.
“É desta intimidade e reciprocidade do Amor de Deus que há de brotar, numa Europa cada vez mais secularizada, a urgência de evangelizar, testemunhar e viver a missão espiritual e social da Igreja”, concluiu o bispo.
JCP