Vaticano: Cristãos têm «compromisso urgente» na defesa das mulheres

Lisboa, 16 jun 2011 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé na ONU quer que os cristãos se empenhem mais na defesa das mulheres, através da eliminação da violência e da melhoria no acesso à educação.

“Diante de fenómenos graves e persistentes, os cristãos têm um compromisso cada vez mais urgente em promover uma cultura que reconheça a dignidade que pertence às mulheres, na lei e na realidade concreta”, afirmou o arcebispo Silvano Tomasi na cidade suíça de Genebra, citado pela Rádio Vaticano.

No discurso que proferiu na 17.ª sessão do Conselho para os Direitos Humanos da ONU, que decorre até sexta-feira, o prelado italiano recordou as palavras do Papa Bento XVI.

“Mesmo que a violência seja mais frequente onde há pobreza e instabilidade social, devemos reconhecer que alguns sistemas legais e tradições ainda a toleram: Nalguns lugares e culturas, elas são discriminadas ou subestimadas só por serem mulheres”, referiu.

Entre as agressões cometidas contra as mulheres mencionaram-se as violações como arma de guerra, tráfico de meninas, abusos contra empregadas domésticas, sequestros e conversões, casamentos e abortos forçados.

“A minha delegação considera que é possível melhorar a situação das mulheres e lutar contra o flagelo da violência, construir uma igualdade criativa e um respeito mútuo que previnam qualquer recurso à violência”, frisou Silvano Tomasi, que sugeriu a aplicação de melhorias no nível de vida e no acesso à educação.

O prelado recordou o ensinamento da Igreja sobre a “igualdade de dignidade na unidade de homem e mulher, na arraigada e profunda diversidade entre o masculino e o feminino, na sua vocação à reciprocidade e à complementaridade, à colaboração e à comunhão”.

RV/RM

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