Madeira em festa pelos 500 anos da diocese

Núncio Apostólico abre celebrações com apelos à missão

Funchal, Madeira, 12 jun 2011 (Ecclesia) – O Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, afirmou hoje no Funchal que os católicos continuam hoje a ser chamados a “comunicar a Boa Nova de Jesus”, destacando os 500 anos da diocese local.

“Desde as suas origens, o povo cristão advertiu com clareza a importância de comunicar a Boa Nova de Jesus a quantos ainda não a conheciam. E, como já recordámos, esta mesma Diocese do Funchal foi por muito tempo uma ‘base estratégica’ para a evangelização de novas terras”, disse o arcebispo italiano, na Sé do Funchal, ao abrir as celebrações para o quinto centenário da criação da diocese madeirense, que classificou como “histórica e gloriosa”.

A criação teve lugar no dia 12 de junho de 1514, pela pena do Papa Leão X, e durante muito tempo a diocese madeirense foi a mais extensa do mundo, dado incluir os territórios descobertos pelos navegadores portugueses.

Num momento de festa, Rino Passigato quis fazer um pedido de “perdão, “lembrando “falhas e incoerências, como cristãos fracos e cobardes, que tantas vezes não souberam responder à ação do Espírito Santo”.

O representante diplomático de Bento XVI em Portugal destacou os “méritos” que a Igreja no Funchal teve “na evangelização de outras terras”, como as de Goa, de Angra, de Cabo Verde, de São Tomé e São Salvador da Bahía.

“No momento em que iniciamos as comemorações dos quinhentos Anos da ereção desta diocese do Funchal, agrada-nos pensar que o rejuvenescimento da Igreja é função permanente do Espírito; e, felizmente, hoje como ontem, não faltam disso testemunhas”, assinalou o arcebispo, no dia da solenidade do Pentecostes, que a Igreja Católica celebra como a festa do Espírito Santo.

Convidandos os presentes a “anunciar Cristo com convicção e transparência de linguagem e de conduta”, Rino Passigato sublinhou que é “por Jesus que todos esperam”.

“De facto, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável missão que nos compete”, apontou o prelado.

O Núncio transmitiu aos católicos madeirenses “as saudações mais afetuosas e a bênção apostólica do Santo Padre o Papa Bento XVI”.

 

No início da Eucaristia, D. António Carrilho afirmou que “foi a Fé que impulsionou e sustentou o processo histórico de desenvolvimento de toda a Região: com a fé se foi tecendo a identidade do nosso povo, que bebe na tradição espiritual cristã grande parte dos seus valores e nela encontra um sentido de esperança, um horizonte aberto à vida e ao mundo”.
“Assim, na criação da Diocese do Funchal, pesaram não apenas fatores de ordem religiosa local, procurando dar maiores possibilidades à evangelização da Ilha, como também a preocupação e o desejo de fazer destas terras uma espécie de plataforma missionária para a Evangelização dos Povos – um desígnio que veio a efetuar-se, rapidamente, e constitui uma das páginas mais extraordinárias da nossa história funchalense e insular”, indicou o bispo da diocese.

No início da Eucaristia, D. António Carrilho afirmou que “foi a Fé que impulsionou e sustentou o processo histórico de desenvolvimento de toda a Região: com a fé se foi tecendo a identidade do nosso povo, que bebe na tradição espiritual cristã grande parte dos seus valores e nela encontra um sentido de esperança, um horizonte aberto à vida e ao mundo”.

“Assim, na criação da Diocese do Funchal, pesaram não apenas fatores de ordem religiosa local, procurando dar maiores possibilidades à evangelização da Ilha, como também a preocupação e o desejo de fazer destas terras uma espécie de plataforma missionária para a Evangelização dos Povos – um desígnio que veio a efetuar-se, rapidamente, e constitui uma das páginas mais extraordinárias da nossa história funchalense e insular”, indicou o bispo da diocese.

Após a missa, teve lugar uma cerimónia junto da estátua de João Paulo II, nas proximidades da Sé madeirense.

António Carrilho, lembrou que “Memória e gratidão” foi o título da mensagem pastoral que foi dirigida à Diocese, a propósito do 20.º aniversário da visita do Papa João Paulo II à Madeira, no dia 12 de maio de 1991.

“Foi a primeira vez que, em 500 anos de história, cujas celebrações jubilares iniciamos hoje, um Papa visitou a nossa terra”, referiu.

No final do dia, Rino Passigato marca presença no concerto com os coros e instrumentais do Gabinete Coordenador de Educação Artística, na igreja matriz de Machico, localidade onde foi celebrada a primeira Missa, pelos padres franciscanos, após a chegada à Madeira.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top