Na audiência em que continuou a catequese sobre a oração, Papa pediu orações pela sua viagem à Croácia, marcada para sábado e domingo
Cidade do Vaticano, 01 jun 2011 (Ecclesia) – Bento XVI dirigiu hoje uma “menção especial” à congregação cofundada pela Madre Maria Clara (1843-1899), beatificada a 21 de maio em Lisboa, durante a alocução que proferiu na audiência geral realizada no Vaticano.
Depois de assinalar que as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição estão “em festa pela recente beatificação da sua Madre Fundadora”, o Papa recordou que Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque quis que as religiosas da congregação estivessem “todas unidas num mesmo e único pensamento: Deus”.
“No pensamento e serviço de cada uma, o hóspede seja Deus; e, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz”, disse Bento XVI em português, dirigindo-se às religiosas presentes no encontro semanal das quartas-feiras, realizado esta manhã na Praça de S. Pedro.
O Papa também pediu orações pela sua viagem à Croácia, marcada para este sábado e domingo, onde vai celebrar a “jornada da família católica croata”.
“Enquanto aguardo com alegria este encontro, convido-vos a rezar para que a minha viagem àquela querida terra traga muitos frutos espirituais e a família cristã seja sal da terra e luz do mundo”, referiu Bento XVI em língua croata.
O Papa recordou o seu antecessor, João Paulo II, beatificado a 1 de maio no Vaticano – “pai, guia, sacerdote e amigo dos jovens” – e cumprimentou o grupo de peregrinos constituído por soldados da NATO estacionados na Alemanha.
Na catequese, que continuou a refletir sobre a oração, o Papa evocou a figura de Moisés, a quem, segundo a Bíblia, Deus entregou os Dez Mandamentos no Monte Sinai.
De acordo com a narrativa bíblica, ao mesmo tempo que Moisés recebia o Decálogo, o povo israelita fabricava um idolo, rejeitando a lei revelada por Deus.
“O bezerro de ouro [peça criada para adoração] é uma tentação constante no caminho da fé: construir um Deus compreensível, conforme aos nossos projetos”, salientou o Papa.
Após recordar que Moisés é lembrado como intercessor por ter rezado a Deus em favor do povo, não obstante a sua infidelidade, Bento XVI realçou que “amor dos irmãos e amor de Deus são inseparáveis” da oração daquele personagem bíblico.
“Moisés indicou-nos o caminho da oração, que encontra a sua realização perfeita” em Jesus, “o intercessor por excelência”, referiu o Papa, antes de lembrar que junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, devoção que destaca o amor de Deus pela humanidade, especialmente através da eucaristia, e que este ano se celebra a 1 de julho.
Em Portugal a celebração data pelo menos de 1728, e em sua honra ergueu-se a Basílica da Estrela, em Lisboa, e o monumento a Cristo Rei, em Almada, voltado para a capital, cuja inauguração foi marcada pela consagração do país aos Corações de Jesus e Maria.
Entre os institutos religiosos com presença em Portugal que têm o Sagrado Coração de Jesus por titular estão os Combonianos, Dehonianos, Carmelitas, Hospitaleiras, Missionárias Reparadoras e duas famílias de Oblatas.
RM