Banco Alimentar na internet e supermercados

Nova plataforma eletrónica dispensa deslocação às superfícies comerciais, que este fim de semana acolhem recolha de alimentos

Lisboa, 28 mai 2011 (Ecclesia) – O Banco Alimentar Contra a Fome estreou esta quinta-feira a oferta de alimentos pela internet, que decorre paralelamente à recolha marcada para este fim de semana em mais de 1500 superfícies comerciais.

“Nunca como agora fez tanto sentido a ideia de que é possível fazer a diferença apenas com um pequeno gesto”, sublinha uma nota de imprensa enviada à Agência ECCLESIA, acrescentando que a iniciativa acontece “num momento de particular dificuldade e necessidade”.

Além da presença em supermercados hoje e no domingo, o Banco Alimentar inaugura a recolha de géneros sem necessidade de deslocação às superfícies comerciais, “inovação” baseada na internet que representa “uma comodidade para muitos”.

novo portal, inaugurado pela primeira dama, Maria Cavaco Silva, oferece ao doador a possibilidade de escolher alimentos e de os pagar eletronicamente durante os períodos de recolha física de géneros e nos dias que se lhe sucedem.

A plataforma, que resulta de um projeto solidário com as empresas Microsoft e Link Consulting, “caracteriza-se por uma grande simplicidade e acesso ao mais baixo preço do mercado a um conjunto de produtos alimentares essenciais para ajuda às famílias”, assinala o Banco Alimentar.

Após selecionar os géneros e quantidades que pretende oferecer, o doador faz o pagamento através do site do seu banco ou numa caixa Multibanco, método que também apresenta a vantagem de poder ser integrado nas principais redes sociais da internet, como o Facebook e o Messenger, bem como em plataformas móveis.

A recolha tradicional à porta dos 1560 estabelecimentos comerciais conta com a colaboração de milhares de pessoas que oferecem um saco e pedem aos doadores que nele depositem géneros não perecíveis, como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas e óleo.

A campanha mobiliza cerca de 32 mil voluntários, que recebem, transportam e arrumam os alimentos nos armazéns dos 19 Bancos Alimentares, para mais tarde serem distribuídos localmente através de mais de 1 900 instituições de solidariedade.

É “forçoso” alargar a capacidade de resposta ao “crescente número de pedidos de apoio”, realça a nota de imprensa, que destaca o papel da cidadania e relativiza a importância dos organismos estatais no apoio às carências sociais.

“A combinação da solidariedade generosa dos portugueses e da eficácia comprovada da ação dos Bancos Alimentares Contra a Fome” é uma “prova evidente de que a sociedade civil se pode – e deve – substituir com vantagem ao Estado na resolução de alguns dos problemas com que se confrontam as sociedades modernas.”

De 28 de maio a 5 de junho realiza-se em paralelo a iniciativa “Ajuda Vale”, que consiste na aquisição e entrega de vales com produtos das cadeias Dia/Minipreço, El Corte Inglés, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl, Continente e Pingo Doce.

Os doadores podem também contribuir através das 3 900 lojas aderentes à rede Payshop, mediante uma doação em dinheiro que é convertida em leite.

Em 2010 o Banco Alimentar beneficiou 319 mil pessoas, especialmente desempregados, idosos, crianças e famílias desestruturadas, “os grupos mais atingidos pela situação de forte agravamento da situação económica”, tendo distribuído cerca de 106 toneladas de alimentos por dia útil.

RM

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