A força fiscalizadora da sociedade civil

Lisboa, 25 mai 2011 (Ecclesia) – O imediatismo “reinante” na sociedade atual favorece o adiamento da “implantação de reformas, ditas estruturais” – lamenta Joaquim Cadete, professor da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da UCP, no artigo de opinião do último semanário da Agência ECCLESIA.

No comentário com o título «regresso da sociedade civil», Joaquim Cadete alerta também “para um preocupante défice de exigência por parte dos eleitores”

Se para os governantes, este “é o caminho mais fácil de implementar” dado que basta “seguir uma politica de facilitismo para garantir o sucesso imediato” entre os eleitores, na prática, esta política “traduz-se no abandono efetivo da função de governação, ou seja, de decidir”.

Nas últimas décadas, o modelo de desenvolvimento económico assentou, essencialmente, “na promoção do mercado imobiliário e de grandes investimentos públicos”, no entanto, esta função só terá “eficácia caso exista, em paralelo, um forte empreendorismo na sociedade civil”.

Ao olhar para o passado, este professor da Universidade Católica Portuguesa sublinha que a “maioria” das pessoas “incorreu no pecado da omissão”, visto que todos sabiam que «não existem almoços grátis»

As dificuldades atuais apenas “reforçam a necessidade de não voltar a repetir os erros do passado” e isso passa pelo “regresso efetivo da sociedade civil, como força fiscalizadora dos decisores políticos e atenta às necessidades dos mais carenciados”.

LFS

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Agência ECCLESIA

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