Fátima Jovem: «São experiências de qualidade se os jovens tiverem caminhada nas dioceses» diz o padre Adérito Barbosa

Sacerdote acompanhou nascimento das peregrinações juvenis ao santuário mariano, nos anos 80, como líder nacional da Educação Cristã

Lisboa, 05 mai 2011 (Ecclesia) – O padre Adérito Barbosa considera que iniciativas como o “Fátima Jovem” têm um forte potencial “aglutinador” dos jovens, mas se a participação dos mais novos se reduzir a estes momentos, cai no vazio.

“Estas experiências em Fátima são tão mais representativas ou de qualidade se de facto estes jovens tiverem uma caminhada ou vão ter uma caminhada nas suas dioceses” sublinha o sacerdote dehoniano, em entrevista ao Programa da Igreja Católica da Antena 1, que poderá ser ouvido esta noite, a partir das 22h45.

Segundo este antigo responsável pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã, entre 1985 e 1990, é preciso completar estes encontros de base com a aposta na formação de animadores juvenis, “o grande calcanhar de Aquiles da Pastoral Juvenil em Portugal”.

O padre Adérito Barbosa diz faltarem “animadores de continuidade e com “consciência”, lamentando que muitos desistam depois de começarem a namorar ou a trabalhar.

Esta era mesmo a sua grande preocupação, numa altura em que as peregrinações marianas de jovens davam ainda os primeiros passos.

O sacerdote realça a grande ligação que sempre existiu entre a Pastoral Juvenil e Fátima, primeiro com as chamadas “Páscoas Jovens”, organizadas pelo padre Feytor Pinto entre 77 e 79, depois com as iniciativas realizadas pelas dioceses das Beiras, e que, mais tarde, com a progressiva participação de mais dioceses, ganharam o nome de “Fátima Jovem”.

“A preocupação já existia pela espiritualidade mariana, que encaixa perfeitamente na estrutura dos jovens” aponta o padre Adérito Barbosa, aludindo à “força do espaço”, aos “lugares representativos e à mensagem do Santuário”.

Numa altura em que 3 mil jovens se preparam para rumar ao Santuário de Fátima, para participarem sábado e domingo em mais um “Fátima Jovem”, ele espera sobretudo que estas iniciativas contribuam também para “dar à Igreja uma linguagem mais jovem”.

JCP

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