Relicário será exposto aos fiéis durante a celebração do próximo dia 1 de maio
Cidade do Vaticano, 26 abr 2011 (Ecclesia) – Uma ampola com sangue de João Paulo II vai ser exposta como relíquia no rito de beatificação do Papa polaco, marcado para o próximo dia 1 de maio, anunciou hoje o Vaticano.
Em comunicado, refere-se que o Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (DCLSP) preparou um “relicário” em que será apresentado o sangue, recolhido aquando dos últimos dias de vida de Karol Wojtyla (1920-2005), tendo em vista uma eventual transfusão.
A missa da beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10:00 (menos uma hora em Lisboa), podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 05:00.
O anúncio do nome de João Paulo II como novo beato vai acontecer pouco depois do início da missa, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma.
Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica, concluindo-se com o descerramento do retrato do novo beato e colocação da relíquia junto ao altar.
Uma relíquia é um objeto preservado com o propósito de ser venerado religiosamente: uma peça associada a uma história religiosa, um objeto pessoal, partes do corpo de um santo ou de um beato.
As relíquias são usualmente guardadas em recetáculos próprios chamados relicários.
O sangue de João Paulo II recolhido para o centro de transfusões do hospital «Bambino Gesú», em Roma, acabou por ficar guardado em quatro recipientes.
Dois deles foram entregues ao secretário particular do Papa polaco, o atual cardeal Stanislaw Dziwisz, e os outros dois ficaram no referido hospital, que cederá agora uma ampola ao DCLSP.
A Santa Sé refere que o sangue se encontra em estado líquido, explicando o facto com a presença de “uma substância anticoagulante presente nas provetas, no momento da extração”.
A beatificação de João Paulo II, a1 de maio, no Vaticano, será presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, que vai apresentar o Papa polaco aos católicos como modelo de vida e intercessor junto de Deus, passados pouco mais de seis anos após a sua morte.
OC